Livre exige justiça no sector da banana
Após auscultação junto de bananicultores, a candidatura do Livre às eleições regionais disse que "há uma necessidade de se impor justiça no sector da banana da Madeira.
"Nesse sentido devemos devolver a liberdade de associação retirada aos bananicultores desde a criação da GESBA, diminuindo os requisitos mínimos para o reconhecimento da organização de produtores no sector; permitir aos produtores de vender directamente ao consumidor final pequenas quantidades de banana sem perderem os apoios europeus; aumentar o preço da banana paga ao produtor e criar uma indemnização por prejuízos não abrangidos pelo seguro colectivo, nomeadamente pela banana comprometida mas não colhida pela GESBA", disse Marta Sofia.
"A produção da banana da Madeira apresenta um excelente potencial de rendimento, no entanto, o sistema actual, cria injustiças que nos obrigam a denunciar e a tentar corrigir", acrescentou.
Referiu ainda que "desde 2008 que a legislação regional e o modelo de gestão impede os bananicultores de se associarem livremente como acontece no resto do país".
Além disso, afirmou que "a GESBA é um modelo que só beneficia o Governo Regional, por prejuízo dos produtores e dos consumidores madeirenses".
O Livre "propõe número mínimo para a constituição de uma organização de produtores de banana para 20 produtores, e 200 mil euros de valor mínimo de produção comercializável para o reconhecimento legal; que os bananicultores possam vender pequenas quantidades de banana directamente ao consumidor final sem perderem em subsídios europeus; exigir rendimentos mais justos aos bananicultores aumentando em 25 cêntimos o valor pago pela banana em todas as categorias e aumentando de 15 para 20 cêntimos o valor do acréscimo destinado a cobrir custos com entrega da banana nos armazéns da GESBA; criação de uma indemnização atribuída pela actual entidade gestora sobre as perdas de receita dos produtores não directamente imputáveis à produção, pelo seguro de colheita coletivo, aos prejuízos inferiores a 20% da produção de BANANA e da BANANA comprometida mas não colhida neste caso pela GESBA; rever o contrato de seguro colectivo e ajustar à realidade do sector da produção da banana na Madeira".