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Madeirense José Eduardo Franco na concepção e direcção da Obra Completa Pombalina

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O professor madeirense José Eduardo Franco é um dos coordenadores da grande Obra Completa Pombalina, juntamente com os historiadores Pedro Calafate e Viriato Soromenho-Marques. Amanhã será apresentado o primeiro volume do Tomo I dos 50 volumes nos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa pelas 12 horas, dia do nascimento de Pombal, em 1699.

Segundo os coordenadores referem, é bem conhecida a importância histórica do Marquês de Pombal e da sua ação política e diplomática, que o tornaram num dos políticos portugueses mais marcantes e de maior projeção internacional. Sebastião José de Carvalho e Melo, diplomata da corte portuguesa junto da corte inglesa e da corte austríaca, e depois “Primeiro-Ministro” de D. José I, legou à posteridade uma vasta obra por ele escrita ou inspirada diretamente. Poucos projetos terão maior capacidade para renovar o conhecimento do passado de um povo como os que se propõem levantar e editar os escritos e obras dos seus mais relevantes protagonistas. Além de alto serviço cultural, trazendo ao domínio público uma herança soterrada nos arquivos, permitem erguer o conhecimento histórico sobre uma base de solidez ineludível, potenciando interpretações sempre mais criteriosas. É este o intento do projeto desta edição: trazer a público o Corpus Pombalino, por ele entendendo a obra escrita, elaborada ou monitorizada pelo Marquês de Pombal, figura central do século das Luzes, a exemplo de trabalhos similares realizados no âmbito da história da idade moderna para figuras como Frederico II da Prússia ou o Cardeal Richelieu. Urgia, pois, conduzir um projeto desta natureza para o caso do Marquês de Pombal, criando condições para clarear a nublosa interpretativa que ainda paira sobre esta personalidade tão relevante da nossa história, pois desperta amiúde reações extremadas e distanciadas da serenidade das tarefas críticas.

Na nota imprensa salienta-se que, para atender ao repto de tantos estudiosos de Pombal em ordem a contribuir para esclarecer o paradoxo pombalino e a nublosa que paira sobre o significado seu legado, foi constituída uma vasta equipa científica de 30 investigadores e 125 especialistas nacionais e internacionais no Século das Luzes com o apoio mecenático da Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Oeiras, Câmara Municipal de Pombal, Câmara Municipal de Sernancelhe, Fundação Marquês de Pombal, Fundação Millennium BCP, Grupo Jerónimo Martins e da Universidade de Coimbra.

Com a coordenação Científica da Cátedra de Estudos Globais/Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta, do Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes, da Cátedra Marquês de Pombal (Universidade Federal de Sergipe/Instituto Camões) em associação com diversas instituições académicas nacionais e internacionais tem sido possível realizar o levantamento e transcrição de 50 mil fontes pombalinas dispersas em mais de 200 arquivos e bibliotecas a nível mundial.

Amanhã, dia 13 de maio de 2024 apresenta-se publicamente o I volume do I tomo dos 50 volumes que vão constituir a Obra Completa Pombalina, o maior empreendimento científico e editorial de sempre destinado a trazer a lume os escritos de uma figura política da história portuguesa e europeia.

O madeirense natural de Machico, José Eduardo Franco, tem coordenado diversas obras de grande relevância história e cultural, e esta é mais uma delas.