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Explicador Madeira

O que é a Triagem de Manchester?

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A deslocação a um serviço de urgência hospitalar obedece a um conjunto de regras que têm de ser observadas. Antes demais, só deve ir ao serviço diferenciado se isso se justificar, nunca para tirar dúvidas ou para tentar resolver um problema com semanas ou meses de duração. Como o nome indica só deve deslocar-se a um SU se se tratar de um caso urgente ou emergente.

Chegado ao hospital há um conjunto de procedimentos a seguir, designadamente o protocolo de Triagem de Manchester, que foi implementado em Novembro de 1994, em Manchester, Inglaterra, com o objectivo expresso de estabelecer um consenso entre médicos e enfermeiros do Serviço de Urgência, com vista à criação de normas de triagem baseadas na determinação do risco clínico.

No fluxograma seguido há cinco cores (estados) a ter em conta: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul.
É triado com a cor vermelha o paciente que apresente um grau emergente e que tem de ser observado de imediato. A sua vida corre perigo.  

A cor laranja indica que se trata de uma situação ‘muito urgente’ e que tem de ser atendida dentro de 10 minutos. A de cor amarela é considerada ‘urgente’ e tem de ser visto dentro de 1 hora. Já os que ostentam a pulseira de cor verde (‘pouco urgente’) podem ter de esperar até 120 minutos, já que o problema que apresentam não é considerado clinicamente urgente.

Por fim, a cor azul é atribuída a quem apresenta uma situação que pode ser observada num centro de saúde, não tendo indicação para urgência hospitalar. O utente triado a azul pode ter de esperar até 240 minutos.

Os tempos referidos são indicativos. Exceptuando os ‘vermelhos’ e os ‘laranjas’ tudo vai depender da afluência registada na unidade hospitalar e do número de médicos disponíveis. É frequente os utentes não urgentes narrarem situações de espera muito prolongada.

Na Madeira o Serviço de Urgência funciona sob o sistema de Triagem de Manchester desde Junho de 2005. Na Urgência do Centro de Saúde de Machico também já é seguido este protocolo.

Quando o utente chega ao Serviço de Urgência é efectuada a sua inscrição na Admissão de Doentes e o mesmo é encaminhado para o Gabinete de Triagem, onde um enfermeiro lhe fará algumas perguntas contidas no Protocolo de Triagem e de seguida lhe atribuirá uma prioridade no atendimento que é expressa numa cor.

Quais são as situações graves ou de risco de vida?

De acordo com o site do Sistema Nacional de Saúde (SNS), consideram-se situações graves ou de risco de vida, os seguintes exemplos:

- Alteração do estado de consciência;

- Suspeita de AVC (alteração da fala, face ou força);

- Engasgamento;

- Dificuldade em respirar;

- Acidentes com feridos(s);

- Dor no peito;

- Hemorragias abundantes ou incontroláveis;

- Queimaduras graves ou em zonas sensíveis.

Quais são os problemas de saúde não emergentes?

Ainda segundo o site do SNS consideram-se problemas de saúde não emergentes, os seguintes exemplos:

- Dor ligeira a moderada (ex.: garganta, barriga);

- Tosse persistente;

- Febre;

- Náuseas ou vómitos;

- Diarreia;

- Alteração da tensão arterial (sem outras queixas);

- Choro persistente da criança;

- Comichão ou alterações da pele.