CDS-PP Madeira quer consagrar ao sector cultural 1% do orçamento da Região
O CDS-PP propôs, este domingo, primeiro dia oficial de campanha, que o Orçamento da Região consagre, anualmente, 1 por cento ao sector cultural e criativo.
“Esta proposta que, no fundo, é uma bandeira minha e do CDS, tendo sido apresentada, pela primeira vez, em 2011, pretende dar, aos agentes culturais, ferramentas para que desenvolvam a sua atividade, impulsionando projetos culturais e criativos, associações e instituições que se dedicam à cultura, criando ferramentas para promover intercâmbios e para ligar à Madeira a redes nacionais, europeias e globais. Mas não só. Contribuirá para dar às instituições públicas ou privadas, que se dedicam à inventariação e recuperação de património, maior capacidade financeira para o desenvolvimento das suas atividades”, explicou José Manuel Rodrigues, para quem “a cultura deve ser um dos pilares fundamentais de uma estratégia de desenvolvimento integrado, sendo, igualmente, central para promover interna e externamente a singularidade da Região".
"A cultura faz parte integrante e alimenta a nossa memória colectiva, sendo igualmente um setor econômico que gera emprego e gera riqueza”, vincou o candidato centristas às Regionais de dia 26.
Este reforço de verbas, avançou, "deverá estar inscrito em todos os orçamentos da Região, a partir do próximo, ou seja, o Orçamento para 2025".
“Avançaremos com a proposta, na Assembleia Legislativa da Madeira, aquando da discussão do próximo orçamento”, esclareceu José Manuel Rodrigues, recordando que o último orçamento da Região aprovado, o ORAM para 2023, atingia um montante global de 2.071 milhões de euros.
"A ser aprovada a proposta do CDS-PP Madeira, o sector cultural e criativo teria uma verba prevista de cerca de 20 milhões de euros, potenciando um conjunto de projetos que vão da recuperação de património ao financiamento cabal de instituições e de projetos culturais e criativos", evidencia o cabeça-de-lista.
“Não se trata de uma proposta impossível”, concluiu José Manuel Rodrigues, acrescentando que a mesma poderá "ser compensada através do incremento de receitas dos próprios eventos, da rentabilização – sempre através de utilização pública, nunca através da 'privatização' – do património".
Disse ainda ser importante perceber que “é possível cortar gastos acessórios e desnecessários”, que poderão beneficiar a área da cultura, mas também da saúde a da educação.