Milhares de georgianos voltam a marchar contra a controversa denominada "lei russa"
Milhares de georgianos voltaram a marchar ontem pelas ruas do centro de Tiblissi contra a controversa lei "Sobre a transparência da influência estrangeira", que consideram inspirada em Moscovo e que os deputados pretendem aprovar definitivamente na próxima semana.
"Não à lei russa" e "sim à Europa", entoaram os participantes na convocatória que se preveem estender também neste domingo, véspera do último debate no parlamento antes da votação da polémica lei.
"O 'Sonho Georgiano' pretende russificar o nosso país. É por isso que continuaremos os protestos até que revoguem a lei", afirmou aos jornalistas Mamuka Jazaradze, líder do partido da oposição Lelo.
Por sua vez, o primeiro-ministro georgiano, Irakli Kobajidze, garantiu hoje que "o único caminho da Geórgia é o caminho para a União Europeia".
"Ser membro da União Europeia é o vetor mais importante da nossa política externa", afirmou Kobajidze, por ocasião do Dia da Europa que se celebra no domingo no país caucasiano.
O chefe do Executivo georgiano expressou a sua confiança que em 2030 a Geórgia esteja mais bem preparada que o resto dos candidatos para a sua entrada no bloco comunitário.
A este respeito, o embaixador da UE na Geórgia, Pawel Herczynski, assegurou que no outono os 27 irão decidir "se a Geórgia dará o próximo passo para se tornar membro".
Os protestos contra a "lei russa", como denomina a oposição georginiana, que equipara com a lei russa sobre agentes estrangeiros utilizadas pelo Kremlin para silenciar a dissidência, têm ocorrido diariamente em Tbilissi desde meados de abril.