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Eurovisão conquistada pela Suíça, Portugal ficou em 10.º lugar

Foto Corinne Cumming/EBU
Foto Corinne Cumming/EBU

A 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, que decorreu esta noite em Malmö , na Suécia foi vencida pelo artista Nemo, com a música 'The Code'. Portugal, representado por Iolanda com ‘Grito’, ficou em 10.º lugar.

A cantora destacou-se na final por ter aparecido em palco com as unhas pintadas com as cores da bandeira da Palestina e terminou com um apelo "a paz prevalecerá". A sua actuação e a mensagem final valeu-lhe o veto da sua actuação de ontem, ficando a sua actuação na meia-final para o público em casa rever. 

Mais curioso é que a final do Festival da Eurovisão, que ficou marcada por muita polémica à volta do conflito entre Israel e Hamas, que já causou dezenas de milhares de mortos, esteve em risco por manifestações nas imediações do recinto, reuniões da comissão organizadora à conta de toda a polémica.

Depois de horas de actuações, começou o ‘desfile’ de votações, quiçá para muitos o momento mais aguardado e ansiado. Aqui Brilhou o representante da Suíça.

Portugal, apesar de não vencer, esteve muito bem nas pontuações, uma vez que ‘Grito’ agradou o júri do Reino Unido, da Croácia e França, que atribuíram a Iolanda o máximo de pontos, 12. A pontuação do júri (139 acumulados) valeu o 7.º lugar para o voto por países.

Já após o voto popular, a Suíça acumulou 591 pontos, a Croácia terminou com 547 pontos e a Ucrânia com 453 pontos, os três principais concorrentes mais votados. Nas preferências do público, Portugal ficou com uns modestos 13 pontos, terminando assim num honroso 10.º lugar na classificação geral. 

Efectivamente, o evento ficou marcado pelo conflito israelo-palestiniano, que dura há décadas, mas intensificou-se após um ataque do grupo palestiniano Hamas em Israel, em 7 de Outubro, que causou quase 1.200 mortos, com o país liderado por Benjamin Netanyahu a responder com uma ofensiva que provocou mais de 34 mil mortos.

Desde que se soube que Israel iria participar no concurso, representado por Eden Golan, vários apelos foram feitos por representantes políticos e artistas europeus à EBU para que a participação do país no concurso fosse vetada.

Na quinta-feira, milhares de pessoas percorreram as ruas de Malmö a pedir a expulsão de Israel do concurso. O protesto repetiu-se ao longo do dia de ontem. De acordo com a agência EFE, as manifestações foram convocadas pela plataforma Parem Israel, pela paz e por Palestina livre, com mais de 60 organizações.

Israel foi o primeiro país não europeu a poder participar no concurso de música, em 1973, e ganhou quatro vezes, incluindo com a cantora transgénero Dana International, em 1998.