Venezuela insta EUA a reconhecer a Palestina como membro pleno da ONU
A Venezuela saudou o resultado da votação na ONU, em que 143 dos 193 Estados votaram a favor da integração da Palestina e instou os Estados Unidos a reconhecer o país como membro pleno da organização.
"A República Bolivariana da Venezuela celebra a vitória diplomática do valente povo palestiniano na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde, por esmagadora maioria, os povos e governos do mundo deixaram claro que a Palestina deve ser admitida como membro das Nações Unidas, concedendo-lhe uma extensão dos direitos a que tem direito como Estado livre, soberano e independente", de acordo com um comunicado divulgado na sexta-feira em Caracas.
No documento, o Ministério de Relações Exteriores venezuelano afirmou que "foi a posição isolada, arbitrária e injusta dos Estados Unidos, que, como membro permanente do Conselho de Segurança, tem abusado do direito de veto e da posição de poder, que impediu, por enquanto, a entrada da Palestina como membro de pleno direito, pelo que apela a esse país para reconhecer e acatar o mandato da Assembleia Geral de maneira imediata".
"Mais uma vez, o Governo Bolivariano junta-se à exigência de um cessar-fogo e o fim do genocídio de maneira imediata e incondicional, instando a justiça internacional a determinar a responsabilidade pelos crimes contra a humanidade cometidos pelo Estado de Israel, que causou mais de 35.000 vítimas mortais nos últimos meses, na maioria mulheres e crianças", indicou.
A 07 de outubro, um ataque do movimento islamita Hamas no sul de Israel causou perto de 1.200 mortos, na maioria civis. O movimento islamita fez mais de 250 reféns, dos quais 128 permanecem em cativeiro em Gaza e 35 terão morrido, de acordo com dados israelitas.
Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma vasta ofensiva na Faixa de Gaza, que já causou mais de 35 mil mortos, na maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do movimento islamita palestiniano.
O Hamas é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, Estados Unidos e União Europeia.