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Conselho de Segurança da ONU expressa "profunda preocupação" com valas comuns em Gaza

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) expressou hoje "profunda preocupação" com os relatos da descoberta de valas comuns em Gaza, onde centenas de corpos, incluindo de mulheres, crianças e idosos, foram enterrados.

Num comunicado à imprensa, os membros do Conselho de Segurança sublinharam a necessidade de responsabilização por violações do direito internacional e apelaram a que seja permitido aos investigadores o acesso desimpedido a todos os locais com valas comuns no enclave palestiniano.

O Conselho pediu assim "investigações imediatas, independentes, completas, abrangentes, transparentes e imparciais para estabelecer as circunstâncias" em torno das valas comuns encontradas dentro e ao redor das instalações médicas de Nasser e Al Shifa, no enclave palestiniano.

"Os membros do Conselho de Segurança reafirmaram a importância de permitir que as famílias conheçam o destino e o paradeiro dos seus familiares desaparecidos, em conformidade com o direito humanitário internacional", frisa o comunicado.

Além disso, os 15 Estados-membros do Conselho reiteraram a sua exigência de que "todas as partes cumpram escrupulosamente as suas obrigações ao abrigo do direito internacional, (...) em particular no que diz respeito à proteção de civis e bens civis".

Peritos da ONU para os direitos humanos expressaram esta semana o seu "horror" com a descoberta de valas comuns com cadáveres de pessoas que tinham sinais de tortura, execução e de terem sido enterradas vivas pelos militares israelitas.

De acordo com as autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islamita Hamas, pelo menos sete valas comuns foram encontradas em hospitais de Gaza, acusando as tropas israelitas de executarem centenas de "mártires, incluindo pessoal médico, administrativo, ferido, doente e deslocado" durante as suas operações em instalações hospitalares.

O exército israelita classificou as acusações sobre as valas comuns como "completamente infundadas", enquanto as Nações Unidas apelaram a uma investigação "independente, eficaz e transparente" devido às denúncias sobre pessoas que teriam sido enterradas vivas ou com marcas de execução.