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Abbas diz que novo estatuto palestiniano na ONU é impulso para Estado com direito de voto

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O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, celebrou a decisão adotada hoje pela Assembleia-Geral das Nações Unidas reforçando o estatuto palestiniano como um impulso para se tornar membro de pleno direito da ONU.

Em comunicado divulgado pela agência oficial palestiniana Wafa, Abbas assegura que a Palestina prosseguirá os esforços para obter do Conselho de Segurança da ONU a adesão plena às Nações Unidas como Estado com direito de voto.

O consenso internacional registado numa votação que obteve o apoio de mais de dois terços da assembleia, "restaura a fé" dos palestinianos na legitimidade internacional, protege a solução de paz de dois Estados -- israelita e palestiniano em convivência -- e "encarna o direito legítimo do povo palestiniano a um Estado independente, soberano, com Jerusalém leste como capital", numa confirmação da tradicional reivindicação histórica.

Abbas agradeceu aos 143 países que votaram a favor deste novo estatuto - em que se inclui Portugal - a sua consistência com o direito internacional e interpretou esta "ampla aprovação" com "uma prova concludente de que o mundo está unido em torno dos valores da verdade, justiça, liberdade e paz que representa a causa palestiniana, e contra os contínuos crimes da ocupação contra o povo palestiniano, a sua terra e as crenças".

Numa referência aos Estados Unidos, um dos nove Estados que votaram contra a resolução, Abbas pediu que "retire o seu apoio" a Israel e que "respeite a vontade de países e povos que apoiam o direito e a liberdade".

Abbas sublinhou que as resoluções aprovadas, incluindo a legitimada hoje, são decisivas para "obter a paz, a segurança e a estabilidade", ao proporcionar uma legitimidade internacional à Palestina nos seus esforços para "pôr termo à ocupação israelita" e reconhecer os direitos legítimos do povo palestiniano, com primazia para a autodeterminação.

Por fim, o presidente palestiniano insiste nas reivindicações para restaurar a paz regional, desde o fim da "agressão israelita na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém" até à "retirada completa e imediata das forças israelitas da Faixa de Gaza", para além da chegada de ajuda humanitária ao enclave palestiniano, o regresso dos deslocados e refugiados e a solução política de dois Estados.