ADN reclama mais enfermeiros e recursos para estes profissionais do SESARAM
O coordenador e cabeça de lista do Partido ADN - Alternativa Democrática Nacional para as eleições Legislativas Regionais de 26 de Maio, liderou uma comitiva que reuniu com o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (SERAM), que teve como "objetivo de avaliar as preocupações e necessidades laborais dos profissionais de saúde que desempenham um papel crucial no acompanhamento dos pacientes desde o início do tratamento até o final do processo de recuperação".
Segundo Miguel Pita, "atualmente, na RAM, existem aproximadamente 2.060 enfermeiros altamente qualificados, em que mais de 25% deles já são especialistas, competentes para lidar com uma vasta gama de condições médicas e utilizar tecnologias avançadas no tratamento dos pacientes", elogia. Contudo, "existe actualmente um défice preocupante de 280 enfermeiros em relação à crescente demanda por cuidados de saúde. Essa escassez exerce uma pressão adicional sobre esses profissionais, que muitas vezes enfrentam longas jornadas de trabalho e crescente responsabilidade, tornando também mais oneroso o pagamento de horas extras em detrimento da contratação de mais efetivos", aponta.
Estimando, segundo refere, que "nos próximos 8 anos se reformem mais de 340 enfermeiros, sendo urgente colmatar a falta destes profissionais, pois a média dos países da OCDE é de 9,2 enfermeiros por cada 1.000 habitantes, enquanto na RAM a média é de 7,6 muita aquém das necessidades", sinaliza.
Quanto a recursos financeiros, mais precisamente à tabela salarial, "o ADN apoia a luta dos enfermeiros pela atualização da mesma, remunerações justas, melhores condições de trabalho e valorização da carreira. Propomos, portanto, uma adaptação da tabela salarial que permita percorrer, ao longo de 38 a 40 anos de trabalho, as diferentes posições horizontais, reduzindo o número de níveis para motivar os enfermeiros e tornar a carreira mais equitativa, seguindo o exemplo dos Técnicos Superiores das carreiras gerais. Além disso, defendemos a atualização adequada do valor das horas extras e a modificação da idade de aposentadoria para 38 anos de serviço ou um máximo de 62 anos de idade, bem como um aumento da percentagem de enfermeiros especializados".
Mais, defendem "a criação de um subsídio de fixação para enfermeiros no Porto Santo é uma medida crucial para enfrentar a escassez de profissionais de saúde nesta ilha".
Mas também apontam à "correcta contagem dos dias de licença no SESARAM não deve incluir os dias de folga, pois estes já são justificados como períodos de descanso, além disso, é necessário aplicar os mesmos direitos aos profissionais em 'união de facto', conforme estabelecido por lei", lembra Miguel Pita.
Por fim, aborda a questão do estacionamento no Hospital Dr. Nélio Mendonça, "um dos mais caros do país, tornando-se oneroso para os profissionais estacionar seus veículos enquanto desempenham suas funções", lamenta. "É necessário ajustar uma tarifa diferente para os profissionais em relação aos utentes, uma vez que não há soluções de estacionamento nas imediações", conclui.