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Resgatados 66 migrantes que tentavam atravessar o Canal da Mancha

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Foto Arquivo/ Tiziana FABI / AFP

Sessenta e seis migrantes que tentavam atravessar o Canal da Mancha, em direção ao Reino Unido, foram hoje resgatados pelas autoridades francesas, anunciou a Prefeitura Marítima daquele país.

De manhã, os serviços de emergência foram "informados de que um barco cheio de migrantes estava ao largo da costa de Dieppe". Uma lancha costeira da Guarda Marítima "resgatou o barco, que estava em dificuldades, durante a tarde".

A tripulação recuperou "66 tripulantes náufragos, incluindo mulheres e crianças", segundo a Prefeitura Marítima.

Os náufragos foram então "levados para o porto de Dieppe, onde estão a ser assistidos pelos serviços de salvamento em terra e pela polícia de fronteira", estando alojados num ginásio.

"Os serviços do Estado estão a analisar a situação administrativa dos migrantes caso a caso. Três pessoas já foram detidas pela polícia nacional e colocadas sob custódia por suspeita de serem traficantes de seres humanos", declarou a prefeitura num comunicado de imprensa.

Entretanto, no Reino Unido, os primeiros migrantes suscetíveis de serem deportados para o Ruanda foram detidos e colocados sob custódia, anunciou hoje o Governo britânico, com o primeiro-ministro, Rishi Sunak, a saudar o facto como uma nova etapa na aplicação de uma medida emblemática da sua política de migração.

O Governo conservador prometeu pôr fim a estas travessias de imigrantes. Desde o início do ano, chegaram mais de 7.500 pessoas, um recorde histórico para os primeiros quatro meses do ano.

Na segunda-feira, o Reino Unido deportou o primeiro requerente de asilo para o Ruanda, na sequência do seu programa voluntário para migrantes a quem foi recusado asilo, divulgaram os meios de comunicação social britânicos.

Organizações como os Médicos Sem Fronteiras rejeitaram "por razões médicas, éticas e humanitárias" o projeto de lei aprovado na Câmara dos Comuns do Reino Unido para transferência de requerentes de asilo para o Ruanda.

Para a diretora executiva de MSF no Reino Unido, Natalie Roberts, este é "mais um capítulo sombrio na brutal abordagem britânica à migração", baseada "em políticas de dissuasão, externalização e punição de pessoas que procuram proteção".