Recordes económicos com reflexo no salário dos trabalhadores garante Governo Regional
Cumprindo a tradição, a secretária regional com a tutela do trabalho deslocou-se, no final da manhã deste 1.º de Maio, à Avenida Sá Carneiro, para depositar, junto ao Monumento de Homenagem ao Trabalhador Madeirense um ramo de flores, louvando os “heróis do trabalho”, remetendo para a letra do hino regional.
Ana Sousa, aos jornalistas, destacou o bom momento económico que a Região atravessa, afiançando que tal se reflecte nos benefícios dados aos trabalhadores, não deixando de salientar que os resultados alcançados pelas empresas se devem, muito, à sua classe trabalhadora.
A Região está a crescer e tem um nível económico como todos sabemos devido ao trabalho destas pessoas. É o trabalhador que promove a Região; é o trabalhador que faz com que a nossa economia cresça. Ana Sousa, secretária regional de Inclusão e Juventude
Nesta equação, a governante destacou, também, o “papel de mediação” feito pelo Governo Regional junto dos parceiros sociais, nomeadamente através das estruturas que estão na dependência da Secretaria Regional de Inclusão e Juventude. “Com o nosso apoio, temos chegado a negociações muito boas para os nossos trabalhadores”, apontou.
“O salário mínimo é como o próprio nome indica um salário mínimo”
Sem medidas novas para anunciar, situação justificada, em parte, por estarmos com um governo de gestão, Ana Sousa recordou os aumentos do salário mínimo regional nos últimos anos, fixado nos 850 euros, realçando a concordância conseguida com todos os parceiros sociais, em fase de concertação. “Penso que é uma medida que vai ao encontro das perspectivas que os nossos trabalhadores tinham”, disse, na ocasião.
“Claro que o salário mínimo não é por si só o ideal para todos, mas é um elevador social”, acrescentou, dizendo que “é a partir daí que nós conseguimos fazer negociações com as entidades de todos os sectores económicos para alavancar a economia e subir os salários dos nossos trabalhadores”. E rematou, dizendo, que “o salário mínimo é, como o próprio nome indica, um salário mínimo”, voltando a apontar as negociações de podem e têm sido feitas a partir dessa base. “Nós sabemos que há diversos sectores económicos que já não estão a pagar o salário mínimo”, salientou.
Confrontada com as queixas de muitos trabalhadores, que referem que o salário que recebem não chega para pagar as contas e para suprir as suas necessidades mensais, a secretária regional de Inclusão e Juventude escudou-se nas negociações feitas com todos os parceiros sociais e em todos os sectores, destacando o papel “incansável” da Direcão Regional do Trabalho nesse âmbito.
113 infracções laborais detectadas no primeiro trimestre deste ano na Madeira
Embora os números dos primeiros três meses deste ano se aproximem bastante do resultado de todo o ano 2023, a secretária regional de Inclusão e Juventude diz não ter conhecimento de qualquer aumento
Marco Livramento , 01 Maio 2024 - 13:22
De caminho, notou a implementação do PROAGES - Programa de Apoio à Garantia de Estabilidade Social, sujas candidaturas para edição deste ano tiveram início na semana passada, após publicação em jornal oficial, contando com uma verba de 2,5 milhões de euros. No ano passado, essa medida chegou a cerca de três mil famílias, num total de 10 mil pessoas abrangidas pelos apoios para pagamento de despesas fixas mensais, como a água, a luz, o gás ou as telecomunicações.
Ainda no âmbito do papel activo do Executivo madeirense, Ana Sousa destacou, igualmente, os cerca de 80 mil trabalhadores da Região que, no ano passado, foram abrangidos por contratos colectivos de trabalho e outros instrumentos do género, garantindo maior estabilidade e melhores condições aos trabalhadores.