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Madeira

Problemas dos trabalhadores “mantêm-se” e “repetem-se de ano para ano”

Trabalhadores pedem melhores salários e mais direitos sociais, apontando o combate à precariedade como uma luta constante

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Já arrancaram as celebrações do 1.º de Maio na Madeira contam com a habitual marcha dos trabalhadores, que percorre as principais ruas do centro da cidade do Funchal.

Estruturas sindicais e trabalhadores juntam-se para reivindicar melhores salários, numa declarada e renovada luta contra a precariedade, já que, conforme aponta Alexandre Fernandes, os problemas da classe trabalhadores “mantêm-se” e “reptem-se de ano para ano”.

Lamentando não ter novidades para avançar nestas matérias, o coordenador da USAM - União dos Sindicatos da Madeira reforçou que o aumento do custo de vida veio agudizar ainda mais as dificuldades por que passam os trabalhadores.

No conjunto de problemas apontados, o sindicalista destaca as jornadas longas de trabalho que afectam sobretudo sectores como a hotelaria, a construção ou o comércio. Os desafios colocados aos jovens que entram no mercado de trabalho foram também evidenciados, notando que “não há perspectivas risonhas para os trabalhadores”.

Por estas razões, Alexandre Fernandes refere que “pouco ou nada de alterou” nas lutas do 1.º de Maio. “Infelizmente nos 50 anos do 1.º de Maio após o 25 de Abril de 74, os nossos antepassados e quem fez a Revolução, certamente esperariam estar numa situação diferente. E muitas das reivindicações de 74, infelizmente, mantêm-se actualmente”, apontou.

No seu entender, os sucessivos governos, tanto da República, como da Região, “não têm tido o cuidado de cuidar dos trabalhadores”, apontando que apenas “são dadas migalhas” e “ao trabalhador exige-se muito”.

Quanto ao facto de muitos trabalhadores, apesar de auferirem um salário, não conseguirem fazer face às sias obrigações mensais, Alexandre Fernandes socorre-se da máxima de que “há mais mês ao fim do ordenado”, para reforçar a política de salários baixos e a precariedade que têm de ser combatidos.