De irrelevante a imprescindível
Será que por alguma ignorância ou até falta de sensibilidade política, alguma extrema esquerda, esquerda ou até porque não a direita acomodada no sistema, nos vícios do oportunismo e no intuito de quererem continuar a manipular, influenciar, manobrar e iludir a população no ataque serrado a uma alternativa política ao sistema que a reconquistar o seu espaço aniquilado pelo Socialismo durante estes 50 anos de democracia, andam a promover rotulando de fascismo, xenofobia, populismo, racismo e até conotando-nos com o salazarismo quando na realidade a ditadura mantém-se vigente, a diferença é a suposta (liberdade de expressão), justamente aquilo que nunca tiveram a coragem de compreender que no íntimo da maioria dos portugueses o seu anseio seria uma democracia que abolisse os vícios da ditadura. O totalitarismo, a corrupção, o malabarismo político, os vigaristas, os que vivem som o modelo das promessas como soluções para contentar os cidadãos, mas depois estão sempre como meta os benefícios pessoais às minorias a quem servem religiosamente, levando ao caos as maiorias em quem se apoiam na hora de acenar com a bandeira da democracia. Porque existe a política para além dos cargos políticos. A clarividência com que se analisa o enterro político daqueles que continuam a fazer como o habitual rol das promessas e aqueles que queremos substituir a partidocracia que relega a pessoa ao mero cartão de identificação partidária, ou as sua origens familiares influentes por um currículo de mérito, pessoas simples que o seu único objetivo é ajudar a combater o flagelo da corrupção, a influência e o compadrio onde a classe política tradicionalmente neste país, navega ao sabor do vento, mudou de direção, virou à direita, teve a capacidade de dar uma verdadeira lição de democracia mostrando a sua interpretação em colocar os diferentes setores políticos sob vigilância uns dos outros, e mostra que democracia constrói-se com diversas correntes de opinião. No dia em que a classe política deste país tiver a capacidade de saber analisar que os portugueses amadureceram politicamente, que nas conversas de café ou nas de família e amigos, já não se fala somente de futebol, Big brotter’s, telenovelas ou bilhardices das revistas cor de rosa mas felizmente já se debate política e a sua influencia no dia a dia dos cidadão, porque o vento que sopra da direita assumida trouxe uma lufada de ar fresco que começa a despertar o povo duma anestesia a que estavam submetidos durante estes 50 anos mas que agora existe um novo conceito de fazer política que despertou a curiosidade dos jovens e o renascer dum sonho que ainda depositam no que possa vir a ser um novo 25 de Abril. Será que podemos ambicionar uma nova forma de fazer política e uma nova maneira de estar em democracia? Se assim for, estaremos a reconstruir um novo rumo e até quem sabe dizer que o 25 de Abril chega à madeira após 50 anos de Socialismo. Por isso nós acreditamos na possibilidade de substituir promessas por compromissos e oportunismo por voluntariedade e vontade de servir, não precisamos de ter de cumprir serviço militar para nos colocarmos ao serviço da nação, mesmo vestidos com o nosso humilde traje de quem dá tudo para poder restaurar a democracia, restituir a liberdade e resgatar os valores da sociedade sem ter de sequestrar a democracia para continuar com os vícios do passado, pois a política não é para oportunistas mas para quem pretende um Portugal com justiça.
A. J. Ferreira