MNE quer acções concertadas de Portugal e Espanha sobre clima e países do sul
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, defendeu hoje que Portugal e Espanha estão mais próximos que nunca e devem convergir nos desafios ligados às alterações climáticas, mas também nas relações com a América Latina e Central.
"Os desafios comuns que temos são imensos", afirmou numa intervenção durante a edição de 2024 do Foro La Toja -- Vínculo Atlântico, em Lisboa.
No entanto, referiu Paulo Rangel, há três questões "absolutamente decisivas para ambos os países" e que vão marcar a relação bilateral.
"Alterações climáticas, água e energia" são os temas que "estão na frente da agenda da transição ecológica e que "marcarão o compasso da saga europeia e da relação bilateral", considerou o chefe da diplomacia portuguesa.
Os dois países também têm questões comuns no plano externo, salientou.
"O desígnio atlântico da Europa nunca será cumprido se apostarmos apenas na relação transatlântica com os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá. O desígnio atlântico da União Europeia exige uma relação permanente e integrada com o Mercosul", defendeu, sublinhando que a "ação integrada de Portugal e Espanha" neste objetivo é "absolutamente crucial".