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Passageira denuncia sobrelotação e “falta de segurança” nos autocarros da Rodoeste

Condições do transporte público causam revolta

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Foto DR

“Autocarro lotado com crianças e idosos de pé sem segurança e perigoso para todos os passageiros”. É desta forma que uma passageira dos autocarros da Rodoeste, que faz a viagem das 8 horas da manhã, descreve o trajecto da carreira n.º3.

Explica que o transporte público dessa hora está frequentemente cheio visto ser a altura em que os trabalhadores, jovens e crianças deslocam-se para o respectivo local de trabalho e escola, não tendo o autocarro capacidade para comportar tantas pessoas. “Os autocarros disponíveis são com dois lugares no lado direito e dois no lado esquerdo. A capacidade não é suficiente para tantas pessoas do Estreito de Câmara de Lobos”, confirma.

A situação ‘piora’, segundo a mesma, quando o autocarro não para nas paragens para entrar pessoas, visto já se encontrar sobrelotado. “Deixam as pessoas nas paragens e não as deixam entrar porque já não têm capacidade para mais”, relata a utilizadora.

Um outro ponto narrado prende-se com o estado dos veículos. Nesta segunda-feira, 8 de Abril, a mulher conta que o autocarro estava a “dar sinal que estava a precisar de reparação": "Nós tivemos de sair para ir para outro, mas como já estava cheíssimo foi-nos dito para esperar pelo próximo autocarro”, explicando que o veículo estava a “deitar muito fumo e a aquecer”.

“Um autocarro que vai pela Via Rápida com crianças e idosos de pé. Os jovens levantam-se para que as crianças e os idosos consigam se sentar para irem com mais segurança”, expõe a passageira adicionando que “mesmo assim não é suficiente” e que é uma situação que se arrasta “há anos”.

“Há vezes que o autocarro fica na Via Rápida e nós temos de esperar para que outro autocarro venha. Ou seja, todos os dias corremos o risco de não saber se vamos chegar ao trabalho ou não porque estão em mau estado”, aponta.

Dá conta que por “várias vezes” deslocou-se até à Rodoeste para expor estas situações, mas “nunca fazem nada”.

Por fim, uma outra situação apontada, e já noticiada anteriormente, é que quando chove, a água entra no autocarro.

“Não estão em condições, mas mesmo assim são os autocarros que nos disponibilizam. Tratam-nos como lixo”, remata.

"Todas as viaturas devidamente inspeccionada e seguradas"

Contactada pelo DIÁRIO a Rodoeste esclarece que "a maioria dos autocarros que compõe a sua frota actual dispõe de lotação de pé, estando assim autorizados a transportar passageiros de pé, estando todas as viaturas devidamente inspecionada e seguradas".

No que diz respeito à viagem entre a Fajã das Galinhas e o Estreito de Câmara de Lobos, a empresa de transportes públicos confirma que existem "algumas circulações que efectivamente atingem a sua lotação, impossibilitando assim a entrada de mais passageiros". A situação é justificada pelo "aumento de procura de passageiros resultante das novas medidas do Governo Regional, nomeadamente os Novos Passes Sociais +65 (para cidadãos com mais de 65 anos), cujo aumento da procura atinge + 25%".

"A nossa frota de autocarros irá ser completamente renovada por autocarros completamente novos, no âmbito na Nova Concessão de Transporte Interurbano na Madeira, a iniciar em Julho de 2024, autocarros esses que já começaram a chegar à Madeira e que se prevê entrarem ao serviço no dia 1 de Julho de 2024, tornando assim o nosso serviço mais fiável e sujeito a menos avarias, resultante do facto de actualmente a frota se apresentar envelhecida", informa ainda. 

Veja o vídeo

O DIÁRIO optou por desfocar o vídeo para salvaguardar a identidade dos passageiros.

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