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ONG resgata 55 migrantes na costa da Líbia

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O navio-ambulância 'Ocean Viking', da SOS Méditerranée, resgatou 55 pessoas, incluindo quatro menores, que estavam numa "embarcação de madeira em perigo" ao largo da Líbia, segundo aquela organização não-governamental.

De acordo com a ONG, sediada em Marselha, no sul de França, as 55 pessoas estão bem, mas uma delas "desmaiou de exaustão enquanto embarcava" no 'Ocean Viking'.

A embarcação em madeira em que se encontravam navegava em áreas internacionais e um barco-patrulha líbio chegou ao local após o salvamento, mas não interveio, de acordo com a SOS Méditerranée.

As autoridades marítimas italianas designaram o porto de Livorno, no noroeste do país, para desembarcar os sobreviventes. Por sua vez, a ONG considerou que, por estar a 1.160 quilómetros do local do resgate, este está "muito longe".

Uma porta-voz da ONG, citada pela agência France-Presse (AFP), lamentou que "as pessoas resgatadas tenham de passar vários dias no mar, quando já estão exaustas e muito afetadas por tudo o que passaram".

Várias ONG têm criticado Itália por designar portos distantes dos locais de salvamento e, assim, prolongar os tempos de navegação.

SOS Méditerranée resgatou mais de 39 mil pessoas no Mediterrâneo desde 2016, principalmente no Mediterrâneo Central, a rota migratória mais perigosa do mundo.

Em 2023, 3.105 migrantes morreram ou desapareceram depois de tentarem atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa, de acordo com os últimos números da Organização Internacional para as Migrações (OIM), uma agência da ONU.

Desde janeiro, 471 migrantes morreram ou desapareceram, segundo a mesma fonte.

O número de travessias irregulares das fronteiras externas da União Europeia (UE) manteve-se estável em 31.200 nos primeiro dois meses do ano, face ao período homólogo, segundo dados hoje divulgados pela agência europeia das fronteira, Os Frontex.

A rotas do Mediterrâneo Central (para a Itália) apresentou, em janeiro e fevereiro um recuo de 70%, tendo sido impedidas 4.315 entradas, seguida pela dos Balcãs Ocidentais (-65%, 3.049)

As maiores subidas, por seu lado, observaram-se nas rotas de África Ocidental (541%, para as 12.092) e do Mediterrâneo Oriental (para a Grécia, nomeadamente), com mais 117% totalizando 9.150 entradas irregulares.

Os três principais países de origem dos migrantes que tentam entrar irregularmente na UE são o Mali, a Síria e o Afeganistão.