Movimento quer reunir com Procurador Geral da República para abordar problemas do Teleférico do Curral das Freiras
O Movimento 'É Possível Impedir a Destruição' pretende reunir-se com o Procurador Geral da República com o intuito de apresentar os problemas decorrentes da instalação de um sistema de teleféricos no Curral das Freiras. Em causa estão não só os impactos ambientais, mas também o uso de dinheiros públicos e o processo de expropriação de terrenos. A indicação é deixada através de comunicado, divulgado hoje, dia em que este projecto será apresentado, no auditório do Curral das Freiras, quando forem 11 horas.
Projecto do teleférico do Curral das Freiras será apresentado dia 6 de Abril
A 'Madeira SkyPark Adventure', concessionária do Sistema de Teleféricos, Parque Aventura e Centro de Interpretação da Natureza do Curral das Freiras, irá apresentar publicamente o polémico projecto no próximo sábado.
"Este é um dos projectos que lembram outros devaneios dos governantes desta terra, tais como a Marina do Lugar de Baixo que consumiu valores que dariam (à época) para construir o novo hospital; o heliporto do Porto Moniz, que nunca foi usado ou o Campo de Golfe da Ponta do Pargo que continua a consumir o Orçamento Regional, entre outras pérolas das obras públicas nesta Região Autónoma", refere o movimento, num documento assinado por David Francisco.
O movimento denuncia que "com indícios de forte ilegalidade e de forma prepotente", já foram realizados rasgos junto ao miradouro do Paredão, "om a desculpa de proceder a elegias sondagens, colocando em risco a consistência do geossítio do Paredão e descaracterizando a paisagem que promove a visita de milhares de visitantes à Ilha da Madeira". Além disso, apontam o dedo aos riscos que tal acarreta para a 'Freira da Madeira', "a ave, em maior risco de extinção da Europa, que tem consumido avultadíssimos meios e financiamentos para evitar a sua extinção".
Foi este o movimento responsável pela recolha de assinaturas contra a instalação deste sistema de teleféricos, reunindo cerca de um milhar de pessoas. "Apesar do persistente desrespeito pelo conjunto das iniciativas de cidadãos que alertam para o atropelo a regras básicas da conservação da natureza, para o uso responsável e sustentável de dinheiros públicos, este Movimento não desiste de intervir, como já o fez através da Providência Cautelar que decorre nos tribunais, ou como o fez este Movimento através de iniciativas públicas de denúncia e de pedagogia cívica de forma a prevenir que não sejam levados a cabo intervenções no terreno que possam causar danos irreparáveis na paisagem e na zona do Paredão, classificada como de relevante interesse geológico", indica.