JPP exige mais respeito pelos doentes com cancro
A falta de medicação para doentes oncológicos motivou uma iniciativa do JPP, que decorreu, esta manhã, na sala de imprensa da Assembleia Legislativa da Madeira. Para Paulo Alves, porta-voz da iniciativa, "este é um problema crónico na Região Autónoma da Madeira".
O deputado alertou para a "gravidade da situação", recordando o histórico de escassez de medicamentos no Hospital Central do Funchal (HCF).
“Em 2014 já faltavam medicamentos no Hospital. Em 2016, um dos motivos principais que levou à demissão em bloco de 17 directores de serviço e direção clínica do HCF, foi precisamente a falta de medicamentos. Em 2018 e 2021 voltou a haver falta de medicamentos. Em Setembro de 2023 voltou a faltar medicação, com a agravante de ser para doentes com cancro. Em Dezembro é reposta essa medicação, que viria a faltar, novamente, em Março de 2024", enumerou parlamentar, que alega ter recebido denúncias de "vários utentes".
O deputado sublinha que "a falta de medicação, especialmente para doentes oncológicos, é inaceitável e prejudicial", destacando a "falta de acção" por parte das autoridades de saúde regional.
Paulo Alves referiu-se ainda a doentes que "enfrentaram meses sem tratamento devido à escassez e falta de medicamentos, que resultaram em dificuldades financeiras adicionais devido ao custo dos medicamentos em farmácias privadas".
“Estamos a falar de pessoas com rendimentos limitados, algumas sem trabalho, que enfrentam um acréscimo de despesas, na ordem dos 30 a 40 euros para medicação que o Serviço Regional de Saúde deveria fornecer, mas não o faz”, vincou o parlamentar.
O deputado do JPP enfatizou que esta situação é "inadmissível" e exigiu uma resposta imediata das autoridades de saúde regional.
"O nosso Serviço Regional de Saúde precisa agir com urgência para resolver este problema e garantir que todos os pacientes recebam o tratamento adequado”, rematou.