Foi encontrado, esta manhã, um cadáver do sexo masculino, em São Vicente, que ao que tudo indica será do segundo turista francês que desapareceu, juntamente com a mulher, a 16 de Março.
Segundo o que o DIÁRIO conseguiu apurar, o corpo estava a cerca de 20 metros do cadáver da mulher, encontrado ao final do dia de ontem.
Carolina Rodrigues , 04 Abril 2024 - 20:59
O corpo da mulher, Véronique Blond, assim como o do marido, já foram retirados e transportados para a estrada.
Ao DIÁRIO, o comissário da PSP João Góis explicou que os corpos encontravam-se numa zona de difícil acesso e íngreme: "Esta zona é muito fora do trilho. A indicação que nos dá é que ele possa ter caído numa zona superior do trilho para esta zona".
"A zona não é de fácil acesso para trabalharmos em segurança. Para retirar um corpo naquela zona em segurança é preciso ter pontos de amarração, é preciso trabalhar em cordas e é preciso as pessoas estarem em segurança. Com o anoitecer e com as dificuldades no terreno tornava-se impraticável", referiu o comissário sobre a dificuldade na recuperação dos corpos.
Acrescenta que não foi muito difícil encontrar o segundo corpo visto na zona existirem canas partidas, que levavam a crer que algo tinha caído. "Quando retiramos o primeiro corpo, que foi uma operação ainda algo demorada, fizemos uma busca e vimos que havia uma parte, uma segunda ravina, onde havia alguns indícios de ter passado lá alguém porque havia canas partida. Este segundo corpo terá sido projectado para uma zona mais inferior do primeiro corpo".
A Polícia Judiciária, que está no local, fará a identificação dos corpos através da impressão digital, contudo caso não seja possível, serão encaminhados para o Instituto Nacional de Medicina Legal, onde será feita a autópsia que irá determinar a identificação e as causas da morte.
Na recuperação dos corpos estiveram empenhados diversos meios: 16 elementos e três viaturas dos Bombeiros Voluntários Madeirenses, Polícia de Segurança Pública e a Guarda Nacional Republicana.
Francisco José Cardoso , 05 Abril 2024 - 08:33
Tal como já noticiado pelo DIÁRIO na tarde de ontem, o primeiro corpo foi encontrado por um cidadão estrangeiro, que se encontrava a fazer a vereda da Fajã da Areia, tendo alertado as autoridades, que de imediato mobilizaram meios para o local. "Quem nos deu o alerta foi um cidadão estrangeiro que está a residir aqui há já 8 anos", disse o comissário, acrescentando que o "cidadão participava, por iniciativa própria, em acções de busca também aqui nas imediações locais".
Por vários dias foram realizadas buscas para encontrar o casal de turistas, mas que se revelam infrutíferas. À comunicação social, o comissário explica que nas buscas anteriores esta zona não tinha sido verificada: "Naquela zona em concreto não estivemos, já fica demasiado afastada do trilho, mas nas anteriores buscas não foi detectado qualquer indício que os corpos pudessem ter caído ali".
Questionado se os cães não podiam detectar os corpos naquele local quando percorreram zonas próximas , o comissário João Góis esclarece que "os binómios cinotécnicos detectam pessoas vivas e não pessoas cadáveres".
O casal de turistas foi visto pela última vez pelas 15h45, na Avenida Marcos Marques Rosa, e seguia em direcção ao Porto Moniz.
A família já foi contactada e informada da situação. "Os contactos estão a ser feitos através da embaixada", aponta.