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Madeira

Tratamento do cancro na Madeira passa pela aposta na medicina de precisão

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O secretário regional de Saúde e Protecção Civil realçou, esta quinta-feira, que o Serviço Regional de Saúde (SESARAM) tem vindo a ser dotando de todos os equipamentos necessários para que a Região consiga “melhorar a abordagem, o diagnóstico e o estadiamento de tudo o que é doença oncológica”.

Pedro Ramos deu como exemplo a implementação, na Região, da tencolohia ‘Next-Generation Sequencing’ (NGS), cujo aparelho deverá chegar em breve à Madeira, dotando o Serviço de Anatomia Patológica do SESARAM de melhores condições para uma resposta mais adequada neste âmbito. Trata-se de um aparelho que o governante diz ser fundamental para a “abordagem adequada” da doença oncológica.

Além disso, a aquisição desse novo equipamento é um dos elementos de que se serve para afirmar que “o futuro é já presente”, no que respeita à forma como o tratamento do cancro é encarado pelo Serviço Regional de Saúde, garantindo melhores resultados no tratamento e na abordagem desta doença.

Na sua intervenção, o governante destacou, de caminho, as apostas que têm sido feitas pela Região neste campo, passando em revista os tratamentos disponibilizados, os equipamentos adquiridos, mas também as políticas e estratégias colocadas no terreno, onde se inclui a vacinação contra o HPV ou a vacinação contra as hepatites B e C.

Além disso, Pedro Ramos notou as novas filosofias para o tratamento da doença oncológica líquida, como sejam as leucemias ou os linfomas, através da implementação dos centros ‘CAR T-cell’, que assenta em “melhores tratamentos, melhores respostas e melhores sobrevivências”. Está a ser estudada a aplicação desta técnica no tratamento dos tumores sólidos.

“A doença oncológica já não é só a radioterapia, não é só a quimioterapia”, sustentou o secretário regional, apontando o “conjunto de medidas que estão a ser utilizadas e que a Madeira está a acompanhar”, incluindo na área da imunoterapia, com bons resultados, ou da radiologia, neste último caso com a implementação do ‘pet scan’, “evitando que mais de 100 doentes por ano tenham de ir ao continente” para realizar esses exames.

Na leitura do governante, a estratégia do Governo Regional nesta área está “consubstanciada” na criação do Centro de Rastreio da RAM, mas também na criação do Centro Internacional de Investigação do Cancro; nos 30 investigadores da Madeira dedicados a ensaios clínicos na área da oncologia; e nos já referidos equipamentos novos para um diganóstico de oncologia de precisão, onde se incluem, igualmente, os painéis de marcadores oncológicos. Pedro Ramos falava num “manancial de suporte para melhorar a abordagem, o diagnóstico e o estadiamento de tudo o que é doença oncológica na Madeira”.  

No seu entender, a “abordagem adequada” da doença oncológica passa pelo “diagnóstico precoce”, um “tratamento adequado e rápido”, mas também “a reinserção e a reabilitação social”, “tudo isto tem sido feito, nos últimos anos, pelo Governo Regional”.

“São tudo fases que estão a acontecer na Madeira, porque nós estamos a acompanhar as recomendações da Organização Mundial de Saúde”, resumiu Pedro Ramos.