Convergência com a UE e o País

O açoriano, João Bruto da Costa, actual líder parlamentar do PSD à Assembleia Legislativa dos Açores, apontou, no recente Congresso do PSD Madeira, um dado relevante, mas muito pouco abordado acerca do desenvolvimento da Madeira em 48 anos de Autonomia, concretizado, de modo particular, neste ciclo de governação de Miguel Albuquerque.

O que disse o líder político açoriano é, na verdade, uma síntese do nosso momento presente. Por outras palavras, o que decorre da soma dos resultados económicos e sociais dos últimos anos.

João Bruto da Costa sublinhou que a Região Autónoma da Madeira é a região do País que mais convergiu com a União Europeia (UE).

E atribuiu essa realidade – que será demonstrada factualmente adiante – ao facto de, ao contrário da Madeira, os Açores terem estado um largo período sob governação socialista.

Indo ao que interessa – à demonstração factual do que disse Bruto da Costa – a Madeira é, não só a região do País que mais convergiu, como, actualmente, está mais perto da média da UE do que do próprio País, em termos médios. Vejamos:

– Em dezembro de 2023, a Direcção Regional de Estatística publicou os dados apurados pelo Instituto Nacional de Estatística, para o ano de 2022, relativos a:

– Índices de Disparidade de cada região do País face à média da UE e o Índice de Disparidade do País para a média da UE;

– E ainda os Índices de Disparidade de cada região do País relativamente à média nacional.

A conclusão é clara, objectiva e em perfeita sintonia com o que vincou o líder parlamentar açoriano.

1. Em 2022, a Madeira fixou o seu índice de disparidade em 79,2% da média da União Europeia, sendo que a média do País face à UE foi de 78,7%, ou seja, este meio ponto percentual significa que estamos, pela primeira vez, na nossa história Autonómica, mais perto da ‘Europa’ do que o País.

2. Acresce que em 2015 – primeiro ano do ciclo da governação de Miguel Albuquerque – a Madeira estava nos 72,8% da média da UE, pelo que recuperamos ou convergimos +6,4% nos últimos anos.

3. Por outro lado, se em 2022 colocamo-nos à frente do País face à convergência com a UE, o mesmo, naturalmente, verificou-se a nível interno. A Madeira com Índice de Disparidade de 100,6% face ao País (100%), ultrapassou-o, também, pela primeira vez, apresentando-se muito à frente no plano da convergência nacional em relação à maioria das regiões, como os Açores (89,7%), o Alentejo (92,4%), o Centro (85,7%) e o Norte (85,6%).

Encontramos, acima da média nacional (100%) e também acima do Índice da Madeira (100,6%), apenas a Área Metropolitana de Lisboa (129,5%) e o Algarve (113,7%).

Sabendo de onde viemos – uma das regiões mais pobres e atrasadas do País –, estes dados dizem-nos muito acerca do que fizemos e em que sentido devemos prosseguir em virtude do alcançamos nos anos mais recentes.

Prosseguir no progresso e desenvolvimento da nossa Terra é também a melhor forma de honrarmos os nossos antepassados e de legarmos às novas gerações um futuro ainda mais auspicioso.

Luís Freitas