Governo rebate preocupação da ACIF sobre os indicadores da quebra no investimento estrangeiro na Madeira
Albuquerque diz que o ‘mau resultado’ deve-se a “investimentos que não têm efeitos multiplicadores na economia”.
O Governo Regional desvaloriza os dados nacionais que apontam que o investimento estrangeiro na Madeira caiu para metade na última década.
“Isso não é bem assim. Depende do tipo de investimento”, reagiu hoje Miguel Albuquerque, instado a comentar o decréscimo de 6,5% (em 2013 o investimento estrangeiro na Região era de 13%, os dados mais recentes indicam 6,5%) revelados esta segunda-feira à RTP Madeira por Jorge Veiga França, presidente da ACIF - Associação de Comércio e Indústria do Funchal, por ocasião da apresentação de um estudo estratégico para a captação de investimento e internacionalização da Região.
O líder madeirense contesta a análise ‘sumária’ dos dados apurados em contexto nacional, ao concluir que a quebra atribuída à Madeira “do ponto de vista do impacto económico, não é assim tão importante como isso” por entender que a queda registada resulta precisamente de “investimentos que não têm efeitos multiplicadores na nossa economia”. Apontou o exemplo dos TVDE por entender que é actividade “que não interessa para a Madeira. Este tipo de investimento que não nos interessa para nada”. Acusa os TVDE de “falta de qualidade”, de operarem de forma “selvática” e causar “disfuncionalidades” no mercado.
Em oposição aos resultados do estudo, destaca o crescimento “exponencial” dos investimentos tecnológicos, mas também no CINM – Centro Internacional de Negócios da Madeira, e a “mais qualidade” que o investimento estrangeiro tem oferecido na Região, neste particular, também na componente residencial.