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Madeira

Casamentos gay representam 5,4% do total de matrimónios na Madeira

Uniões entre pessoas do mesmo sexo atingiram, em 2023, valor máximo desde a entrada da modalidade no registo civil

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No ano passado realizaram-se 1.137 casamentos na Madeira, o que representa uma ligeira quebra de 0,2% relativamente ao ano transato (1.139 casamentos), revela hoje a Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM). 2023 acabou por ser mesmo o ano com o maior número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo na Região desde que essa modalidade foi introduzida no regime jurídico português.

Do total de casamentos observados neste período, 94,6% foram celebrados entre pessoas de sexo oposto, tendo os restantes 5,4% sido celebrados entre pessoas do mesmo sexo (61 no total: 38 entre pessoas do sexo masculino e 23 entre pessoas do sexo feminino).

O número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, tanto do sexo masculino como do feminino, é o mais elevado desde que passou a ser permitida esta modalidade no registo civil, em 2010.

O número de casamentos variou ao longo dos meses do ano, atingindo o valor mais alto no mês de Setembro (163 casamentos). O menor número de casamentos ocorreu no mês de Fevereiro, tendo sido celebrados 50 casamentos.

"Os dados revelam ainda que 68,9% dos casamentos oficializados em 2023 diziam respeito a 'primeiros casamentos'. De notar que em 70,2% dos casamentos, os nubentes já partilhavam residência antes do casamento. Segundo o regime de bens, em 62,6% dos casamentos optou-se pelo regime de comunhão de adquiridos", destaca a DREM.

Quanto à forma de celebração dos casamentos entre pessoas do sexo oposto, 76,4% foram realizados pelo civil e 23,3% pelo rito católico.

A idade média ao primeiro casamento ascendeu a 33,5 anos para as mulheres e a 35,4 anos para os homens (respetivamente, 33,4 e 34,9 anos em 2022).

Em 2023, ocorreram 1.009 dissoluções de casamento por morte do cônjuge, menos 93 do que em 2022. Destas resultaram 258 viúvos e 751 viúvas. A dissolução do casamento por morte do cônjuge afecta sobretudo as mulheres, devido à maior esperança de vida feminina.