Votar PSD e em partidos mais pequenos é fazer com que "tudo fique na mesma", disse Cafôfo
Paulo Cafôfo será cabeça-de-lista às Regionais
Decorre esta tarde uma comissão política do PS-Madeira que, segundo Paulo Cafôfo, será o "pontapé de saída para as eleições do próximo dia 26 de Maio", afirmando que a mudança passa pelo Partido Socialista e não pelo PSD e partidos pequenos.
"É a partir de hoje que o partido vai não só estabelecer os critérios para a elaboração da lista, mas também podermos sublinhar a estratégia para as próximas Eleições Regionais", referiu.
Em declarações à comunicação social, o líder do PS-Madeira não avança nomes que farão parte da lista, mas adianta que será cabeça-de-lista: "Não há dúvidas sobre isso", acrescentando: "Eu sou o presidente do Partido Socialista, encabeço este projecto, fui eleito muito recentemente como líder do partido e obviamente que este é o meu compromisso de liderar".
Eu hoje vou ser mandatado para elaborar a lista e a partir de agora irei, com esse mandato, elaborar uma lista que possa representar o Partido Socialista, mas acima de tudo que possa ser uma lista em que eu os madeirenses possam confiar no próximo dia 26 de Maio Paulo Cafôfo
Esclarece que o PS terá um projecto diferenciador às Regionais: "Teremos ideias claras, concretas para os problemas que os madeirenses têm. Este será um desafio muito interessante, onde vamos envolver toda a sociedade civil porque queremos ouvir as pessoas para podermos apresentar as melhores propostas".
Neste sentido, reforça que a mudança na Região passa pelo PS e não pelo PSD ou partidos pequenos. "O virar a página significa as pessoas optarem por votar no Partido Socialista porque, como já se viu, se votar no PSD tudo vai continuar na mesma, mas também se votarem em partidos mais pequenos como o CDS, como o PAN, como o Chega, como a Iniciativa Liberal na primeira oportunidade vão juntar-se ao PSD e tudo vai continuar na mesma e estarão dispostos a perpetuar este regime".
Reitera que o partido encontra-se com "muita garra" e "muita energia" para as próximas eleições, contudo existe, também, "muito a fazer".
Em primeiro lugar, o líder partidário regional aponta que é necessário "acabar com o conluio, com os favorecimentos e com os amiguismos", seguindo-se da baixa da carga fiscal, um ponto que diz ser essencial.
"Olhando para a classe média tão sacrificada e que merece, obviamente, um apoio e merece ter outra dignidade que não tem tido até agora nas suas vidas com a qualidade de vida que merecem".
Indica ainda a educação que deve ser "gratuita e de qualidade", "problemas no acesso à saúde, no acesso à habitação" e, por fim os rendimentos. Neste último, explica que é necessária uma transformação da economia para "termos empregos mais bem pagos e salários mais justos".
Este será o nosso desafio e apresentaremos estas soluções aos madeirenses e porto-santenses num projecto em que esperemos ganhar a confiança para podermos governar a Região. Paulo Cafôfo
Questionado pelos jornalistas se receava a subida do Chega, Paulo Cafôfo manifesta que não sente receio. "Não há mudança na Madeira que não passe pelo Partido Socialista. Agora não há uma mudança na Madeira que passe pelo Chega, nem por Iniciativa Liberal ou CDS nem pelo PAN porque esses partidos, aliás Miguel Albuquerque já o veio dizer, estará disposto obviamente a fazer uma aliança a estes partidos mais pequenos no sentido de se perpetuar no poder. Votar PSD é fazer com que tudo continue na mesma, mas também votar nesses partidos mais pequenos e no Chega particularmente é não só fazer com que tudo continue na mesma, como não se irão resolver nenhum dos problemas", concluiu.