Biden defende direito ao aborto e Trump ataca imigrantes na pré-campanha
O presidente e candidato presidencial democrata dos EUA, Joe Biden, apelou terça-feira à defesa do direito ao aborto, enquanto o seu adversário, o republicano Donald Trump, prosseguiu a retórica anti-imigração, quando faltam sete meses para as eleições.
A campanha de Biden acusou Trump de querer proibir o aborto em todo o país, se regressar à Casa Branca.
Os democratas lançaram uma campanha publicitária de promoção dos direitos reprodutivos um dia depois de o Supremo Tribunal do Estado da Florida ter aberto o caminho à proibição do aborto às seis semanas.
O Supremo Tribunal dos EUA, de maioria conservadora, com três juízes nomeados durante a presidência de Trump, terminou em 2022 com a proteção constitucional do aborto, após o que vários Estados controlados pelos republicanos restringiram ou proibiram a interrupção da gravidez.
Já Trump acudiu a "um banho de sangue" na fronteira, durante uma iniciativa no Estado do Michigan, em alusão à chegada de milhares de migrantes todos os meses, pelo que responsabilizou Biden.
Esta não é a primeira vez que o magnate usa a expressão. Em março usou-as para avisar as consequências possíveis se perder as eleições de novembro, o que provocou a indignação dos democratas, que o acusaram de incitar à violência.
Desta vez, usou a imagem para atacar Biden e "os estrangeiros ilegais", a quem, disse, não se podem chamar pessoas mas sim "animais".
Trump já tinha dito que estas pessoas sem documentos não são pessoas e acusou-as de "envenenar o sangue" dos EUA, um conceito já utilizado por Adolf Hitler.