Relâmpagos
Comemoramos os setenta e nove anos do 25 de Abril na Itália (Queda do nazi-fascismo) e os cinquenta anos do 25 de Abril em Portugal (Revolução dos Cravos), dois grandes momentos da História.
Comemorarmos o 49º Aniversário da Libertação em Itália (Roma/ Vaticano) e o 50º Aniversário da Libertação dos Presos Políticos no Campo de Concentração do Tarrafal (efeito imediato da Revolução dos Cravos), em Cabo Verde.
Percebermos melhor a mecânica das causas e das coisas. Aprendermos, aprendermos sempre. Santa e profana liberdade de não pedir licença para pensarmos com as nossas próprias cabeças.
Olharmos para o legado de Amílcar Cabral, sem culto de personalidade, nem óculos anacrónicos, mas alinhados com Nelson Mandela que o tinha como “melhor” das lideranças africanas, “cabralólogos” que somos, portanto na ciência e na arte a matriz da sua dimensão complexa, dialética e epistemológica.
Por isso, soberana e livremente, o Colóquio Centenário Amilcar Cabral e a VI edição do Festival de Literatura Mundo do Sal em sua homenagem (pensador, poeta, prosador e ensaísta que foi), imortal da Academia Cabo-verdiana de Letras que é.
Difícil? Sim, gesta exigente e nobre a de quebrar pedras. A obstinação de navegar onde seja preciso. A soberania, a democracia e o desenvolvimento, Fulmine nell’anima, são tudo ou quase tudo. De resto... all we need is love!