DNOTICIAS.PT
5 Sentidos

Escritor Pedro Chagas Freitas teve conversa intimista com o público da Ribeira Brava

A conversa com Pedro Chagas Freitas foi moderada pelo ex-jornalista António Macedo Ferreira. Foto Câmara da Ribeira Brava
A conversa com Pedro Chagas Freitas foi moderada pelo ex-jornalista António Macedo Ferreira. Foto Câmara da Ribeira Brava

Foi com casa cheia que Pedro Chagas Freitas pisou, hoje, o palco da Semana da Cultura da Ribeira Brava para uma conversa informal com o público. O escritor nacional começou por abordar a relação de proximidade que tem com a Madeira, onde também costuma escrever.

O primeiro desafio lançado ao público foi para se libertarem do medo do escrutínio. “O medo faz-nos avançar e não faz bem ser refém da opinião alheia”, afirmou, pedindo uma plateia activa, com perguntas e sem medo do julgamento de terceiros.

Com um milhão de seguidores, assume que quanto mais visível está, mais facilmente é criticado com comentários negativos, pelo que a opinião dos outros é subjetiva. “Não perco tempo com quem critica sem fundamentos, com argumentos rasos baseados em coisas soltas”, sustenta.

Chagas Freitas confessa que no início de carreira os primeiros comentários negativos fizeram-lhe confusão, no entanto “um caminho linear é um tanto aborrecido, ao contrário de uma estrada irregular que torna o percurso mais desafiante”.

Diariamente recebe mensagens de leitores que o sentem como uma inspiração e que por sua causa começaram a escrever. Porém, muita gente escreve hoje em dia com a intenção de vender muito, em vez de ser fiel à sua intuição, dando o exemplo do seu êxito de vendas ‘Prometo Falhar’ que numa fase inicial foi antevisto pela editora como um “garantido fracasso comercial”. Perante a descrença sobre o livro, decidiu lançá-lo e acabou por ser um sucesso de vendas em poucos dias. 

O sucesso não veio logo. ‘Prometo Falhar’ foi o seu 20.º livro e o primeiro êxito. Começou com a obra ‘Mata-me’ em 2005 que teve apenas 50 unidades produzidas. Com trabalho árduo, foi conquistando fãs e hoje tem mais de um milhão de seguidores, tendo sido um processo longo até cimentar a sua carreira bem-sucedida.

Os títulos dos livros são sobretudo escolhidos pela honestidade que transmitem sobre as histórias e para que haja alguma mística sem revelar o enredo. Quando escreve encontra-se consigo. Não sabe ao certo o propósito que o move, mas o mais importante é o amor pelo que faz, por quem gosta e por quem o lê.