DNOTICIAS.PT
Regionais 2024 Madeira

Nuno Morna quer fazer a diferença mas sem o PSD de Albuquerque e o PS

Foto IL
Foto IL

A candidatura da Iniciativa Liberal - IL apresentou-se hoje às eleições legislativas regionais de 26 de Maio, no qual já há duas certezas: com o PSD de Miguel Albuquerque e com o Partido Socialista não haverá coligação, aliança, acordo parlamentar ou de governo. Nuno Morna, cabeça-de-lista liberal na Madeira garante que "não é não", num discurso marcado por algumas propostas do programa eleitoral a apresentar durante a campanha que se segue e que promete "fazer a diferença". Essa foi a frase repetida sempre que Nuno Morna apresentava uma ideia ou falava dos nomes da lista.

"Estes são os tempos que testam a alma dos homens", começou por referir. "Esta frase de Thomas Paine ressoa como uma verdade profunda no contexto que enfrentamos. Vivemos um período de desafios significativos e transformações rápidas, onde a essência do nosso caráter e a força da nossa determinação são constantemente colocados à prova". E continuou: "São tempos onde estamos perante uma oportunidade singular, a oportunidade de fazer a diferença."

Nuno Morna lembrou que "nestes últimos meses, a nossa caminhada política foi um enorme desafio. Enfrentámos obstáculos com que nos deparámos, com valor, e superámos expectativas. Como disse meu bom amigo Carlos Guimarães Pinto, parafraseando Newton, estamos apoiados nos ombros de gigantes. E é com esta inspiração que continuaremos a lutar por uma autonomia mais justa, mais democrática e mais transparente".

Por isso, continuou, "estamos aqui não apenas como madeirenses que somos, mas como arquitetos do futuro. Um futuro que aspira a mais do que simples promessas. Um futuro onde procuramos transformações reais, fundamentadas nos três pilares do liberalismo. A liberdade política, a liberdade económica e a liberdade social. Os desafios são muitos, mas a nossa visão é clara", garante.

Posto isto, afiançou: "Rejeitamos alianças que comprometam os nossos valores fundamentais. Não nos alinhamos com aqueles que vêem a autonomia como propriedade de um partido, pois esta pertence a todos os madeirenses. E é por isso que procuramos dialogar, entender as nuances e construir um consenso que verdadeiramente sirva o desenvolvimento da Madeira. Ponto a ponto, caso a caso, proposta a proposta. Na iniciativa liberal não queremos cargos nem prebendas. Queremos, isso sim, participar no desenvolvimento desta terra que amamos", advogou.

E garantiu, "mais uma vez, que fique muito claro e digo de forma pausada e com todas as letras. Com Miguel Albuquerque, não é não. E com o Partido Socialista, não é não. E assim, o desafio que vos lanço hoje é de fazermos a diferença. Vamos fazer a diferença no crescimento económico, pois é o nosso ponto de partida", garantiu.

Quanto a propostas, propôs "uma redução significativa de todos os impostos em 30%, IRS e IVA, e taxas liberatórias, conforme já permita a lei das finanças regionais. Este passo é essencial para aumentar o poder de compra das famílias madeirenses, impulsionando simultaneamente a nossa economia".

"Comigo, com o Gonçalo, com a Alícia, com a Alexandra, vamos fazer a diferença. Vamos fazer a diferença na forma como votamos, o que é fundamental para a modernização da democracia e da autonomia", dizendo ser "urgente implementar o voto antecipado e em mobilidade, garantindo que todos tenham a oportunidade de exercer o seu direito, independentemente de onde estejam ou de quais sejam as suas circunstâncias pessoais no dia da eleição".

Também "com o António, com o Pedro, com a Sara, com a Adelina, vamos fazer a diferença. Vamos fazer a diferença na governança, tornando-a mais transparente e eficiente, pois essa é um dos nossos compromissos mais sérios. Temos de combater a corrupção e a burocracia a todos os níveis", defendeu

"Com o Humberto, com o Carlos, com a Carla, com a Beatriz. Vamos fazer a diferença na mobilidade terrestre, marítima e aérea, com propostas que pretendem alterar profundamente os paradigmas em vigor. Com o Augusto, com o Sandro, com a Rosie e com o Inelso. E vamos fazer a diferença olhando para o ambiente como um todo, do qual fazemos parte, aceitando a impossibilidade da pegada ecológica zero e criando políticas que minorem os efeitos da nossa intervenção na natureza", propôs.

"Com o Rui, com a Bárbara, com o Marcos, com a Sónia. Vamos fazer a diferença porque entendemos o Norte e o Porto Santo como realidades diferenciadas. E sabemos que é preciso criar condições para que o seu desenvolvimento não seja desfasado do resto", adiantando ainda que "com o Aurélio, com a Ana, com o Rui, com a Arlinda, vamos fazer a diferença na educação, quebrando as correntes de um sistema centralizado e rígido, dar mais autonomia às escolas, permitindo que adaptem o ensino às necessidades locais e específicas dos seus alunos. Acabar com a obrigação de frequentar uma escola baseada unicamente no local de residência e implementar um sistema educativo que exija mais dos alunos e que promove uma verdadeira recuperação de aprendizagens".

Já "com o Rui, com a Teresa, com o Sérgio, com a Tânia, vamos fazer a diferença no sistema de saúde, reduzir as listas de espera e o tempo de espera, maximizando o uso de toda a capacidade instalada, seja ela pública, privada ou social. O nosso objetivo é proporcionar menos espera e mais escolha aos madeirenses que precisam" e "com o Pedro, com a Margarida, com o Ricardo, com a Andrea, vamos fazer a diferença na habitação, proporcionando um ambiente onde todos possam encontrar um lar, simplificar os licenciamentos e reduzir a burocracia que hoje encarece e complica a construção de habitação. Incentivar a construção para arrendamento e realizar um levantamento de terrenos governamentais adequados, disponibilizando-os para quem deseja construir a sua casa ou desenvolver projetos de arrendamento e, por exemplo, de uma forma de terrenos de baixa, de uma forma de terrenos de baixa, ou desenvolver projetos de arrendamento em regime de direito de superfície".

Nuno Morna ainda incluiu "o André, a Sara, o Vitor, a Rafaela", prometendo "fazer a diferença na autonomia, começando pela reforma da Constituição, passando pela atualização do Estatuto Político-Administrativo até à revisão da Lei das Finanças Regionais. Estas reformas são essenciais para assegurar que a Madeira não só mantenha, mas também amplie a sua capacidade de autogoverno". E acrescentou: "Com o Duarte, com o Joras, com a Cristina, com o Nuno, vamos fazer a diferença. Mas acima de tudo é preciso fazer a diferença para combater a pobreza, para retirar o maior número dos nossos dessa situação. Somos a segunda região do país onde o risco de ser pobre é maior. Mais de 30% dos madeirenses correm risco de pobreza. É inaceitável que ao fim de quase 50 anos de autonomia isto esteja a acontecer. É inaceitável que isto número aumente, ao invés de diminuir. É a demonstração mais clara de que estamos a falhar. É importante ter em conta que muitas destas pessoas têm trabalho e não estão desempregadas. Têm trabalho e não conseguem assegurar as suas despesas mensais. A casa, a alimentação, a saúde, o vestuário, a água, a luz, o gás, a escola dos filhos. Não conseguem assegurar uma vida digna e com qualidade. É a pobreza escondida que obriga a recorrer a ajudas diversas para conseguir chegar ao fim do mês. Estes madeirenses não podem ser de menos. Esta pobreza que nos rodeia tem de nos envergonhar."

E confidenciou: "Eu sinto-me envergonhado." Por isso, concluiu que "com a Cláudia, com o Luís Miguel, com a Manuela, com o Maurílio, vamos fazer a diferença. Assim, convoco cada um de vós para fazer a diferença, para transformar, para servir melhor. Garantido que todos tenham a oportunidade de contribuir ativamente para o bem-estar. Estamos comprometidos com a transparência, a integridade e uma visão liberal que realmente capacite os madeirenses. Juntos, podemos construir uma Madeira mais próspera e justa. Juntos, podemos garantir que o futuro da madeira esteja nas mãos de todos os madeirenses.  Juntos, vamos fazer a diferença porque cada passo conta e cada voz importa".