Só estabilidade política garante apoios sem falhas
Rogério Gouveia garantiu que o Governo irá construir lar de idosos em São Jorge, se assim as eleições permitirem
O secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, disse hoje no aniversário da freguesia de São Jorge, concelho de Santana, que vão ter a construção do lar de idosos, como tem sido prometido há algum tempo, mas deixou claro que esse projecto tal como os muitos apoios que elencou que o governo tem atribuído, só podem ser mantidos e garantidos, se houver estabilidade política.
Presente mais uma vez na cerimónia do Dia da Freguesia que o viu nascer, em representação do presidente do Governo, Rogério Gouveia confessou: "Devo-vos dizer que não faço isto com sacrifício, faço-o com enorme gosto."
Uma das freguesias mais antigas da Madeira, mas, lembrou é uma das "que tem a maior riqueza em vários aspectos, a começar pelas suas gentes, pela sua cultura, pelas suas paisagens e, acima de tudo, também por tudo aquilo que tem para oferecer não só ao Conselho de Santana, mas a toda a Região Autónoma da Madeira", elogiou.
Depois passou ao que foi feito em termos de investimentos pelos sucessivos governos regionais, nomeadamente o mais recente e ainda em actividade, sem antes referir os privados. "Penso que estamos todos de acordo que, independentemente dos promotores desses investimentos, todos eles valorizam a Freguesia de São Jorge, todos eles contribuem para o desenvolvimento da Freguesia de São Jorge, para o incremento da qualidade de vida de quem aqui vive, independentemente da instituição que os promove".
"No que diz respeito ao Governo Regional, quero-vos deixar aqui a garantia de que tudo aquilo que foi feito nos últimos 4 anos, nos 8 anos, nos últimos 20 anos é algo que nos orgulha, é algo que tem também a marca do Governo Regional, mas também é algo que não nos deixa satisfeitos, não nos deixa conformados e deixa-nos também com o sentimento que muito há ainda por fazer", afiançou. "E esse muito que há por fazer tem como fator determinante haver estabilidade política, haver diálogo político para que o que aquele que São Jorge ainda precisa de ver feito e merece que seja feito, seja de facto uma realidade. Todos nós temos, direta ou indiretamente, já consequência, ou consciência melhor dizendo, do que estes últimos meses de instabilidade governativa têm provocado no normal desenrolar do dia a dia da Região, não só nos investimentos, mas também de medidas importantes que já poderiam estar tomadas e não estão porque assolou-se-nos esta instabilidade governativa", lamenta.
E continuou: "Eu penso que nenhum de nós aqui presente quer que isto se prolongue por muito mais tempo e é também por isso que a confiança e o compromisso do Governo Regional, assim seja a vontade do povo, é de que daremos continuidade muito brevemente àqueles que estão em curso e que vão avançar muito brevemente, nomeadamente aquele que já foi aqui mencionado, que são as recuperações das casas anexas ao Farol de São Jorge, mas também obras que estão neste momento em curso, a requalificação da rede viária regional, que só na freguesia de São Jorge representa um investimento superior a 2 milhões de euros, investimentos feitos quer pela empresa de electricidade, quer pela Águas e Resíduos da Madeira, que também na freguesia de São Jorge são bastante superiores a 1 milhão de euros."
E não se deteve nos feitos e por fazer: "Também daremos continuidade a políticas que permitam que, recordo, são já dados adquiridos, mas que apenas os serão se houver estabilidade política, nomeadamente os apoios aos idosos e ao complemento regional de idosos, recordando que a medida data de 2021 e só aos idosos da freguesia de São Jorge representa um apoio superior a 270 mil euros, o apoio dos passes sociais, os 40% de bonificação do custo das creches, que é custo também do Governo Regional, o ProAGIS que apoia as famílias mais carenciadas, o apoio aos passes sociais, a subvenção à água de rega que custa ao Governo Regional e ao Orçamento da Região mais de 3 milhões de euros por ano.",
Perante tantos projectos e garantias de apoios, Rogério Gouveia terminou que "há aqui uma enorme panóplia de iniciativas que, mais uma vez, para termos continuidade das mesmas, é necessária a devida estabilidade política. Temos observado por outros espaços que a instabilidade é um travão ao desenvolvimento. Nós podemos nos orgulhar, e temos a comemoração dos 50 anos do 25 de abril bem fresca, o grande passo de desenvolvimento que a Madeira teve nos últimos 50 anos. Isto foi fruto das opções correctas e da estabilidade política, de visão de um povo, que é um projeto coletivo. E quando se trata de um projeto coletivo, trata-se de uma comunhão de interesses entre a população, entre quem desempenha determinados cargos em determinado momento, que têm a obrigação de dialogar entre si e trabalhar em prol do bem comum, que é o legítimo interesse da população que nos elege", defendeu.
Para o governante é importante manter o compromisso do Governo Regional, que "cumpre aquilo que se propõe fazer e não se furta às suas responsabilidades", pelo que no que diz respeito ao futuro Lar de Idosos São Jorge, "fico naturalmente satisfeito enquanto natural deste Concelho e enquanto secretário regional das Finanças deste Governo, que o compromisso da Câmara Municipal para com o projeto é total, naturalmente que o compromisso do Governo Regional também assim o é. A se materializar este compromisso conjunto, naturalmente que o Lar de Idosos será uma realidade a breve trecho. Certamente não será por culpa do Governo Regional que o Lar de Idosos não será aberto em São Jorge, porque, de facto, é uma infraestrutura que já peca por tardia, é uma infraestrutura que é muito almejada por quem dele quer ser utente, mas também pelos inúmeros postos de trabalho que se prevêm que venha criar nesta freguesia e neste Concelho, pelas sinergias económicas que virá trazer e, acima de tudo, também um complemento da política social e de integração da rede de cuidados para os mais idosos", calcula.