Associação fala em "malabarismos políticos" no caso da Estrada das Ginjas
"A Estrada das Ginjas determina e envolve a única coisa visível que a actual Secretaria do Ambiente e a sua titular dispõem para marcar presença pública e mediática neste período de governo regional de gestão", refere a Associação Social Democrata do Ambiente, Terra e Oceano através de um comunicado.
Desastrosa e lamentável argumentação técnica e justificação de oportunidade que aparenta ser única e exclusivamente uma operação de marketing político com o objectivo de dar e criar palco mediático para o partido PAN, proxy e acólito do PSD Madeira". Associação Social Democrata do Ambiente, Terra e Oceano
E acrescenta: "Tão óbvia foi a anedótica e mais que sarcástica declaração de justificação daquela 'obra' por parte da senhora secretária imediatamente secundada pela candidata do partido dos animais e da venda política e eleitoral de “gato por lebre"".
Diz ainda que " a destruição de todas as bermas originais assim como o alargamento do Caminho das Ginjas por esta operação comandada pelo presidente do instituto lesou aquilo que se pretende proteger com a acção cautelar, entretanto em processo judicial no Tribunal Administrativo do Funchal".
Exactamente o que se pretende proteger foi aquilo que o instituto e a senhora secretária mandaram arrasar de uma só vez com uma “limpeza” de infestantes, macabramente destruidora de toda a riqueza florestal das bermas daquele caminho, assim como a replantação, projecto Fura-bardos, de espécies florestais classificadas como Laurissilva". Associação Social Democrata do Ambiente, Terra e Oceano
"A utilização de maquinaria pesada para uma acção de limpeza de infestantes é desproporcional e de facto intrusiva. Não tem justificação a não ser no desejo de vingança e destruição às ordens e comando de governantes que se julgam plenipotenciários, mas que não passam de verdugos de toda aquelas espécies irremediavelmente perdidas sem justificação plausível ou enquadramento ecológico", acrescenta.
Diz também que "todo este quadro desta intervenção é absurdo e assente em malabarismos políticos de oportunidade".
Que estranho interesse numa intervenção onde a maior justificação é a do melhoramento do combate a incêndios quando nunca se registou um único incendio florestal naquela zona. É que simplesmente não existem registos de tal ao longo de décadas e décadas. Nunca tal aconteceu". Associação Social Democrata do Ambiente, Terra e Oceano