CDU-Madeira diz que o 25 de Abril exige que se acabem com as injustiças
A CDU organizou, neste dia 25 de Abril, uma festa-comício em que participaram mais de 500 pessoas no centro do Funchal.
Nesta iniciativa política da CDU, o coordenador regional, Edgar Silva, usou da palavra para dizer que "a Região Autónoma da Madeira não pode continuar a ser onde, em todo o País, as injustiças sociais são as mais acentuadas".
As desigualdades sociais não param de se agravar nesta terra. É nestas ilhas que se verificam os maiores níveis de desigualdade. É na Madeira que existem as mais escandalosas desigualdades económicas e sociais. 5% da população tem 58% da riqueza criada, enquanto 58% da população tem acesso apenas a 5% da riqueza aqui criada. Edgar Silva, CDU
Adiantou que as desigualdades e as injustiças sociais multiplicam-se nas mais variadas áreas da vida.
Crescem as desigualdades no acesso à saúde, as desigualdades entre quem fica nas listas de espera para consultas ou cirurgias e quem tem dinheiro para resolver o seu problema. Crescem as desigualdades no acesso à habitação, numa terra onde arrendar uma moradia, e mais ainda comprar casa, passou a ser um privilégio de poucas famílias. Aumentam as desigualdades territoriais, desde logo nas zonas de ultraperiferia onde quase tudo está em falta, desde o esgoto à urbanização. Numa terra em que as escolas cristalizam as injustiças e as diferenças sociais, no acesso à educação e no acesso à cultura. Está na hora de dizer "basta de injustiças!". Edgar Silva, CDU
Como afirmou Edgar Silva, "50 anos depois da Revolução de Abril é intolerável tamanha injustiça social. Por consequência, a luta contra a desigualdade social é exigência maior de Abril. Por isso, a luta contra a exploração e precariedade no trabalho são objetivos que só a CDU tem como prioridade, porque sabemos que o trabalho é a chave da questão social, é a pedra de toque da desigualdade e da injustiça social".
Para a CDU, "neste tempo, celebrar Abril é agir para que tanta desigualdade social e tanta injustiça social deixem de ser a marca distintiva destas ilhas".
Nesta iniciativa da CDU também usou da palavra, em nome da Juventude CDU, Helena Câmara que apontou aquelas que são as expressões das injustiças sociais que mais atingem os jovens na Madeira e no Porto Santo, assim como elencou as reivindicações de Abril para a juventude.