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Greve dos controladores em França cancela quase 90 voos de/para aeroportos portugueses

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A greve dos controladores de tráfego aéreo em França levou hoje ao cancelamento de quase 90 voos de diversas companhias aéreas nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, segundo os dados disponíveis nos respetivos 'sites'.

No aeroporto de Lisboa, surgem com a indicação "cancelado" 23 voos cuja chegada estava prevista para hoje e que tinham como origem diversas cidades francesas, a que se juntam mais 25 voos que deveriam partir da capital portuguesa com destino a França.

Já no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, foram canceladas 15 chegadas de voos oriundos de França e 14 partidas com destino aquele país.

Quanto ao aeroporto de Faro, regista uma dezena de voos cancelados: Cinco com origem em cidades francesas e outros tantos que deveriam partir com destino a França.

Em causa estão voos operados por diversas companhias aéreas, designadamente a Ryanair, Transavia, Volotea, Vueling, Air France, TAP e EasyJet.

Milhares de voos foram hoje cancelados nos aeroportos franceses e centenas de aviões ficaram em terra devido à greve dos controladores de tráfego aéreo.

De acordo com a agência noticiosa francesa AFP, os cancelamentos afetaram, sobretudo, os voos de curto e médio curso.

Para hoje estão previstos cerca de 2.300 voos com partida ou chegada a aeroportos franceses, em comparação com os quase 5.200 registados na quarta-feira, segundo o painel da Direção-Geral da Aviação Civil (DGAC) consultado pela AFP.

Na Europa, mais de 2.000 voos foram cancelados e 1.000 correm o risco de ter de ser desviados para evitar o espaço aéreo francês, de acordo com a associação de companhias aéreas Airlines for Europe.

De forma a adequar o tráfego ao pessoal disponível, a aviação civil francesa pediu às empresas que cancelassem três em cada quatro voos com partida ou chegada a Paris-Orly, o segundo aeroporto francês; 55% em Roissy-Charles-de-Gaulle, o primeiro; 65% em Marselha-Provença (sul) e 45% em todas as outras plataformas da França metropolitana.

A maior parte das ligações de longo curso, no entanto, escapou aos cancelamentos, com o pedido da DGAC a aplicar-se apenas aos aviões que façam "três ou mais movimentos" durante o dia.