“Em Abril ou Novembro, vale sempre a pena”
Nuno Morna, da IL, declamou prosa na intervenção dos 50 anos do 25 de Abril
“25 De Abril Sempre! 25 de Novembro sempre!”. Foi desta forma quer Nuno Morna encerrou o discurso ‘fora da caixa’ proferido na sessão solene comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril.
O início da intervenção deixou logo perceber que seria uma declamação ‘contra a corrente’. “No ventre da noite, precedendo o despontar de um novo dia, na penumbra tecida numa nova realidade, nasceu a democracia”.
Numa das passagens o deputado da Iniciativa Liberal (IL) lembrou que “nessa madrugada de flores e sonhos, muito maior que homens em armas, nasceu uma nova epopeia, soldados-poentas a escrever o fim da opressão e da tirania, transformando o medo em esperança”.
Para o Nuno Morna a “democracia não foi palavra escrita nos livros ou proclamada nos discursos. Foi vivida, tocada, praças e avenidas tornaram-se veias, e cada pessoa, cada rosto anónimo na multidão, era parte viva da transformação”.
Registou ainda que “nesse dia, a Madeira não foi só ilha, foi âncora de um novo alvorecer, onde cada gota de chuva caída era uma lágrima de alegria, e cada raio de sol, era um sinal de que o futuro poderia ser forjado, luminoso e livre, como o voo do francelho sobre a montanha”.
E porque “Novembro acolheu Abril no seu regaço, na luta por um amanhã cristalino, Abril e Novembro se abraçam. E na memória que um país que sonha, ficou a certeza, firme e serena, de que a liberdade, tão doce e risonha, em Abril ou Novembro, vale sempre a pena”, declamou.