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Madeira

Confiança recusa aprovação de piso adicional sem consultar vizinhos

Em causa um edifício de apartamento em Santo António

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Os vereadores da Confiança na Câmara Municipal do Funchal exigem que sejam ouvidos os vizinhos de um projecto de habitação colectiva de 15 apartamentos, "com um piso a mais do que o permitido", antes da aprovação do referido projecto.

Numa nota de imprensa hoje enviada, a Confiança dá conta que "a reunião de câmara desta semana promete ser polémica, com a maioria PSD a apresentar uma proposta para aprovação de um projecto de habitação colectiva de 15 apartamentos com um piso a mais do que o permitido" e "localizado numa zona predominantemente de moradias unifamiliares em Santo António, e implantado numa conhecida propriedade da família de um anterior presidente da junta eleito pelo PSD".

"Sendo o projecto para uma zona de média densidade, o Plano Director Municipal permite apenas a construção de edifícios isolados ou conjuntos de edifícios confinantes entre si com componente habitacional, com o máximo de dois pisos acima do solo", argumenta a Confiança, pela voz do vereador Amílcar Nunes, notando que, por outro lado, "a proposta agendada pelo vereador com o pelouro do Urbanismo pede que a Câmara Municipal aprove a construção de um piso adicional, fazendo uso de uma excepção prevista no PDM". E fundamentam que "para poder ser aprovada, são necessários os votos favoráveis da maioria dos vereadores a uma deliberação expressa e fundamentada, que estabeleça que "a volumetria resultante não apresenta inconvenientes para a inserção urbanística e integração na envolvente edificada"".

Ainda de acordo com a mesma argumentação, "a divergência no processo reside precisamente no facto do mesmo não conter a referida análise que evidencie a harmonia com as construções já existentes, eminentemente moradias unifamiliares de dois andares".

"Assim, uma vez que se trata ainda de um Pedido de Informação Prévia, a Confiança irá propor que antes de se deliberar sobre este processo, sejam consultados os proprietários dos imóveis confinantes e lhes seja apresentado este projecto. Deste modo, com uma audiência prévia das partes interessadas, poderá ser aferido se a volumetria do prédio em licenciamento não provoca inconvenientes na inserção urbanística e na integração com a envolvente", regista.

"No cumprimento do nosso compromisso com os funchalenses, consideramos a participação cívica e a proximidade como fundamentais na salvaguarda do interesse público, e este caso é um exemplo disso", afirma o vereador Amílcar Nunes. "Antes de considerar a aprovação de um andar adicional, é imperativo que levemos em conta as opiniões e preocupações de todos os envolvidos. Somente assim podemos garantir que as decisões do Município reflitam verdadeiramente as necessidades e desejos da nossa comunidade", defende o autarca da Confiança.