Livre insta fiscalização e responsabilização ao "atentado" na Estrada das Ginjas
A candidatura do partido Livre às eleições Regionais de 26 de Maio, expressa o seu "repúdio à intervenção que foi feita à falsa fé na Estrada das Ginjas".
Em nota emitida, Marta Sofia, cabeça-de-lista da candidatura, considera que o projecto da Estrada das Ginjas "resultará na destruição de áreas de vegetação nativa, ameaçando a biodiversidade e comprometendo ecossistemas protegidos".
O Livre insta, através de uma queixa na União Europeia e comunicação à UNESCO, a fiscalização e a responsabilização "de quem autorizou o atentado".
"A construção desta estrada levará à fragmentação de habitats naturais e aumentará o risco de erosão do solo, além de contribuir para a poluição do ar e da água", critica, apontando que a recente intervenção "destruiu líquens endémicos, urzes arbóreas, faias, e outras plantas que fizeram parte do plano de reflorestação do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza".
Estamos perante um atentado ambiental, que tudo arrancou e incorreu num crime de desobediência. Pois este projeto é alvo de uma providência cautelar desde 2021, estando suspenso além de ter parecer negativo na consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental. É inaceitável que se reativem os trabalhos e exigimos que todas as consequências legais sejam retiradas. A Laurissilva da Madeira é um património natural único, protegido por leis e convenções internacionais, classificado como Rede Natura 2000 e Património Mundial Natural da UNESCO. Encerra um conjunto de espécies da fauna e da flora endémicas da Madeira e da Macaronésia, muitas delas ameaçadas.