Forças políticas prevêem gastar cerca de 950 mil euros na campanha
As 14 forças políticas candidatas às eleições antecipadas de 26 de maio na Madeira preveem gastar 949.678,34 mil euros na campanha, segundo os orçamentos consultados pela Lusa, com o PSD a liderar os gastos: 340 mil euros.
É a confirmação da notícia avançada pelo DIÁRIO a 13 de Abril.
Dos 13 partidos e uma coligação que entregaram listas de candidatos no Tribunal do Funchal, estão publicados desde 16 de abril na página da Internet da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) os orçamentos de campanha do Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), CDU -- Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV), Chega (CH), CDS -- Partido Popular (CDS-PP), Partido da Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).
De acordo com o 'site' da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, o Alternativa Democrática Nacional (ADN), que é a primeira força política no boletim de voto, não entregou o orçamento, mas o cabeça de lista do partido, Miguel Pita, disse à agência Lusa que o documento será remetido hoje, indicando que o valor é de 10.000 euros.
O PSD é o partido que prevê gastar mais dinheiro na campanha eleitoral, que decorre de 14 a 24 de maio, com um orçamento de 340.000 euros, dos quais 250.000 da subvenção estatal e 90.000 de contribuição de partidos políticos.
A maior fatia do orçamento dos social-democratas -- 90.000 euros -- será canalizada para propaganda, comunicação impressa e digital, seguindo-se estruturas, cartazes e telas (75.000), brindes e outras ofertas (75.000) e comícios e espetáculos (60.000).
Segundo os orçamentos disponíveis na página da Internet da ECFP, o PS é o segundo partido a investir mais na campanha -- 150.000 euros, verba proveniente na totalidade da subvenção estatal --, canalizando a maior fatia (75.000) para comícios e espetáculos.
Segue-se o CDS-PP, com um gasto previsto de 100.000 euros, dos quais 25.000 para estruturas, cartazes e telas.
O JPP prevê gastar 96.100 euros na campanha, com a maior fatia (20.000) direcionada para estruturas, cartazes e telas.
A CDU é a quinta força política com o orçamento mais elevado (80.000 euros), seguindo-se a IL (60.000), o BE (42.720), o PAN (30.358,34), o Chega (25.000), o Livre (10.000), o PTP (5.000) e o RIR (500).
O MPT não estima gastar qualquer quantia, à semelhança do que se verificou nas eleições de 2019 e 2023.
Nas legislativas regionais de setembro de 2023, concorreram duas coligações - PSD/CDS-PP e CDU (PCP/PEV) -- e outros 11 partidos: PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PAN, Livre e IL, que apresentaram uma previsão global de gastos em campanha na ordem de 1.133.816,95 euros.
PS apresentou o valor mais elevado (400 mil euros), ao passo que o PSD e o CDS-PP, que nesse ano concorreram coligados, apontaram para 380 mil euros.
Entre os 47 mandatos atribuídos nas eleições de 2023, a coligação PSD/CDS-PP conseguiu 23 deputados, o PS elegeu 11, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN e o BE elegeram um deputado cada.
As antecipadas de 26 de maio ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Posteriormente, Albuquerque apresentou a demissão, o que levou à queda do executivo.