DNOTICIAS.PT
Artigos

Virar a página

Eu acredito que nestas eleições regionais, marcadas já para 26 de Maio, podemos virar a página da história da Região. Só o PS poderá fazê-lo

É possível. Não acredita que a mudança é possível? Admito que seja difícil de acreditar que depois de tanto tempo a tentarmos, você que me está a ler, pense que não pode fazer a diferença e não conseguirá sozinho enfrentar um poder tentacular e vencer. A verdade é que quando as pessoas acreditam e se juntam como parte de um movimento tudo pode acontecer.

Eu acredito que nestas eleições regionais, marcadas já para 26 de maio, podemos virar a página da história da Região. Só o PS poderá fazê-lo. Sei que são mais os madeirenses que querem do que os que não querem. Só temos de nos juntar, os que verdadeiramente desejam construir algo de novo, e envolvermo-nos com convicção.

E temos tanto para fazer, numa Região onde alarga-se o fosso entre pobres e ricos. Se é verdade que tem havido crescimento económico, a realidade mostra-nos que esse bolo continua a aumentar só para alguns. E a opção, na altura de votar, é clara: entre os que querem comer o bolo só para si e os que querem partilhar o bolo com todos.

As famílias madeirenses estão atoladas num pântano de pobreza multigeracional, que as impede de pelos seus próprios pés, caminhar para o chamado elevador social. Para lá chegar é necessário termos uma democracia que permita respirar-se, uma maior transparência, uma redução do peso dos impostos, um ensino gratuito e de qualidade, uma função pública motivada e valorizada, habitação acessível, cuidados médicos para todos e sem demoras, empregos bem remunerados e salários justos, uma sociedade que não seja de elites e onde a generosidade, o altruísmo e a igualdade são pilares. Partilha, solidariedade e igualdade trazem felicidade. É isso que precisamos.

Insisto na melhoria dos rendimentos, porque sem cumprir esse objetivo, não teremos progresso social e as pessoas não terão satisfação com a vida que levam. Necessitamos de uma transformação económica que permita um salário suficiente para as pessoas terem uma vida decente, contribuindo assim para uma maior prosperidade económica, acompanhada por uma melhor distribuição de riqueza. Só dessa forma poderão usufruir de uma vida social e de lazer que têm direito e merecem.

Os problemas são complexos. A diferença é que outros a olharem para eles terão outra forma de os encarar. Não há varinhas mágicas, mas quase todas as questões que nos afetam estão inter-relacionadas e se congregarmos as políticas certas avançaremos para a sua resolução. Temos de confiar em novas pessoas para liderar a Região, até porque não somos mesmo todos iguais. E será essa confiança que permitirá criar as condições para um crescimento económico, com melhores oportunidades, acompanhado de uma redução da pobreza, de melhores rendimentos, de outro tipo de apoios e incentivos, seja para dois filhos terem uma educação sólida e os pais um bom emprego.

A alternância política é saudável. Só não o é para os que beneficiam da gamela. Está na hora de os madeirenses abrirem os olhos, serem mais exigentes, e não se contentarem com as esmolas que têm recebido deste governo regional. Se tivermos atitude de querer mais, a abordagem responsável às diversas opções eleitorais, a vontade reforçada e a esperança alimentada, iremos virar a página.