Níveis recorde registados no valor da habitação espelham "negligência" do Governo, revela o CHEGA
O presidente do CHEGA-Madeira e líder parlamentar do partido, Miguel Castro, diz que os sucessivos níveis recorde registados no valor da habitação não são o fruto do acaso, mas o espelho da negligência com que o governo do PSD tem gerido o assunto, demonstrando, a seu ver, ‘insensibilidade’ quanto à realidade da vida dos madeirenses.
O governo tem atirado as culpas dos elevados valores da habitação para o marcado e dito, vezes sem conta, que não pode fazer nada para contrariar a forma preocupante como o mesmo tem evoluído. A justificação não colhe porque representa, só e apenas, o governo a tentar evitar e desculpar as muitas responsabilidades que tem no sector da habitação". Miguel Castro
Através de uma nota de imprensa, o presidente do CHEGA-Madeira aponta várias medidas que, na sua óptica, o governo regional poderia e deveria implementar de forma a tornar a habitação mais acessível para os cidadãos madeirenses, entre as quais rever os PDMs dos concelhos mais procurados de forma a permitir a existência de mais áreas para construção de habitação, eliminar o IMI e IMT na aquisição, por madeirenses, da primeira habitação e, ao exemplo de Itália, taxar os lucros excessivos que estão a ser registados pelos bancos, investindo as verbas aí arrecadadas em programas de apoio à compra e aluguer de habitação.
O CHEGA-Madeira defende um maior investimento na habitação pública, porém enfatiza a necessidade de o mesmo apresentar casas a custos controlados e não com valores semelhantes aos que já são praticados no mercado.
“Durante mais de uma década, o governo parou o investimento na habitação pública e as consequências são visíveis. Porém, não pode compensar anos de esquecimento com a construção de casas que nada têm de custos controlados, pois isso só agrava o desespero de quem procura uma habitação digna". Miguel Castro