Albuquerque culpa a “judicialização da política com mediatização” pela queda do governo PS
Reacção do presidente do Governo Regional às declarações de António Costa
Quase meio ano após a queda do então primeiro-ministro António Costa e do seu governo socialista de maioria absoluta, Miguel Albuquerque diz continuar a não perceber qual a razão que possa justificar tal decisão de interromper a legislatura.
“Toda a gente já percebeu ou pelo menos a maioria das pessoas com alguma lucidez percebeu uma coisa que foi óbvia: esta situação não pode continuar. Um primeiro-ministro de um governo de maioria absoluta em que o governo cai e ninguém sabe, até hoje, qual o motivo que levou à queda” Com a agravante que “já se passaram meses” e o ex-primeiro-ministro ainda não foi ouvido.
O presidente do Governo Regional reagiu desta forma depois de instado a comentar as declarações do ex-primeiro-ministro António Costa que considera que a "ocasião fez a decisão" de o presidente da República pôr termo "prematuramente" à anterior legislatura e que a direita andava frenética em busca de pretexto para a dissolução do parlamento.
Para Albuquerque a queda do Governo nacional foi “situação bizarra do ponto de vista da separação de poderes”. Com a agravante, considera, de “tudo isto levar ao aumento do extremismo e que os partidos anti-sistema, os partidos que vivem da contestação e do protesto tenham crescimento”, considera.
Para o líder madeirense o caso nacional que determinou o fim de um governo de maioria absoluta “não é só um problema da judicialização da política, mas também da junção da judicialização com a mediatização. Isso faz com que o regime, o Estado de Direito democrático, entre em disfuncionalidade”, concluiu.
Reclama por isso que “alguém que tome posição sobre esta questão”.