Serviço de Pneumologia da RAM “não tem lista de espera”
Cerca de 50 pessoas caminharam no Funchal pela saúde respiratória
Cerca de 50 pessoas realizaram hoje uma caminhada pela baixa do Funchal, no âmbito do Dia Nacional da Reabilitação Respiratória que se assinala no dia 21 de Abril. Uma iniciativa promovida pela Unidade de Reabilitação Respiratória do Serviço de Pneumologia do SESARAM, que teve por objectivo sensibilizar para as doenças respiratórias e transmitir mais conhecimentos à população, visto que estas doenças “são uma das principais causas de mortalidade na Região”.
O secretário regional da Saúde e Protecção Civil aproveitou a ocasião para referir que o Serviço de Pneumologia da RAM “é dos serviços que não tem lista de espera” no que diz respeito ao acompanhamento de doentes.
Informou também que o Serviço de Pneumologia “está a desenvolver todas as áreas, não só de promoção e protecção da saúde no contexto respiratório, como da prevenção da doença”. “Os sinais mais recentes foram o rastreio que iniciamos em duas experiências piloto no Centro de Saúde de Santo António e no Porto Santo por causa da doença pulmonar crónica obstrutiva. Vamos continuar todo este trabalho de sensibilização, de educação e de prevenção secundária das doenças do foro respiratório”, prometeu.
Sobre a caminhada, Pedro Ramos referiu que participaram pessoas de todas as idades com várias patologias respiratórias e lembrou que é fundamental quebrar o estigma de que uma pessoa com doença respiratória não pode fazer exercícios. “Mesmo com limitações, as pessoas têm de ter estilos de vida saudáveis e fazer as suas caminhadas, o que vai contribuir para o seu bem-estar”, acrescentou, recordando os quatro eixos do Governo no âmbito do programa de saúde 20/30: “ protecção da saúde, promoção da saúde, prevenção da doença e o eixo do progresso ou a realização e criação de novas unidades de saúde de formação e diferenciação dos novos profissionais, de forma a terem todos os equipamentos necessários para exercer a sua actividade”.
Já o médico pneumologista João Carvalho falou da importância de um diagnóstico precoce e da importância de saber lidar com a doença, visto que a doença pulmonar obstrutiva crónica continua a ser um dos principais motivos para ir à urgência.
Referiu que 2023 tiveram cerca de 85 pessoas no âmbito do ginásio de reabilitação respiratória e cerca de 2300 sessões. “Temos vindo a crescer, não só na actividade clínica, mas também na actividade cientifica”, explicou, recordado que “está estimado a nível nacional que apenas 1% da população com problemas respiratórios tem acesso a cuidados de reabilitação”.