China pede conferência internacional para reconhecimento oficial da Palestina
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China pediu hoje, durante uma visita oficial à Indonésia, à realização de uma conferência internacional de paz para reconhecer oficialmente a Palestina como membro das Nações Unidas.
"Em breve será possível aceitar a Palestina como membro oficial da ONU", disse Wang Yi, numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo indonésio, Retno Marsudi.
Os dois responsáveis pediram a proteção dos civis no conflito na Faixa de Gaza.
"Apelamos para uma conferência internacional de paz mais alargada, com mais autoridade e mais eficaz, para abrir caminho a uma solução de dois Estados" em Israel e na Palestina, disse o ministro chinês.
Wang apoiou o cessar-fogo exigido pelo Conselho de Segurança da ONU em Gaza e apelou aos Estados Unidos para que ponham de lado "a arrogância" e trabalhem com outros países da ONU para pôr fim às hostilidades entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
"Apelamos igualmente às partes para que sejam calmas e prudentes", acrescentou Wang Yi, sublinhando a necessidade de a ajuda humanitária chegar ao enclave palestiniano de forma "rápida, segura e sustentável".
O ministro indonésio concordou em defender a solução de dois Estados e a importância do cessar-fogo em Gaza.
"A Indonésia apoiará a Palestina como membro integrante da ONU. A estabilidade no Médio Oriente não é possível sem a resolução da questão palestiniana", afirmou Retno.
Israel lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza em outubro passado, depois de um ataque do Hamas em território israelita ter causado cerca de 1.200 mortos.
Mais de 33.800 pessoas morreram desde o início da ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza e cerca de 30 crianças morreram de desnutrição aguda no meio de um conflito que ameaça alastrar-se a todo o Médio Oriente na sequência dos ataques entre Israel e Irão.