Candidato presidencial do Chega
Passos Coelho (PC) esteve 8 anos em “hibernação” política e quando era instado pelos media a opinar sobre questões políticas recusava-se com desculpas como “cada um tem o seu tempo e este tempo não me pertence“ ou “este não é o meu tempo, o PSD tem um líder, o dr. Luís Montenegro, e é ele que está a dirigir a estratégia do PSD”.
Pelos vistos a “hibernação” já lá vai e PC decidiu que o tempo voltou a ser o seu e lhe pertence fazer afirmações pondo em causa a legitimidade de Luís Montenegro (LM) como líder do PSD e de apoio ao líder da extrema direita fascista que também quer afastar LM da liderança do PSD e do governo.
Para PC Portugal precisa de “um governo esclarecido, que tenha um rumo bem definido e que tenha força, que é como quem diz, autoridade moral, para conduzir uma política diferente” e que “possa inspirar confiança às pessoas para inverter uma degradação extraordinária de uma parte muito significativa das políticas públicas que são importantes para o crescimento da nossa economia”.
Mas haverá alguém que discorde?
O problema é que para PC esse governo seria com Chega cujo rumo é no sentido de destruir o nosso regime democrático, conduzir uma política de orientação fascista, basta ter em conta as palhaçadas e proclamações “fascistóides” do seu líder e dos seus deputados que preconizam, entre outras medidas anti-democráticas e de caráter fascista, condicionar/pôr fim às liberdades democráticas nomeadamente à liberdade dos media, essencial para denunciar publicamente e combater a corrupção que eles dizem querer acabar mas apenas enquanto estão na oposição.
PC vem com o choradinho absurdo que LM se quer “desligar” da sua “herança” quando ele próprio nunca foi capaz de honrar e defender essa mesma “herança”.
Temos assistido à “apropriação” da figura de PC pelo Chega como o seu candidato presidencial, numa interdependência de quem não consegue melhores alternativas, daí também as críticas de PC a Paulo Portas um possível rival.
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