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Jovens são quem está na liderança do movimento climático

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O responsável pelo clima e ambiente da UNICEF Brasil afirmou à Lusa que hoje são os jovens que lideram o movimento climático porque sentem que a crise climática está "estreitando as possibilidade" de vida.

"Eles são a liderança do movimento climático hoje, quem está na linha de frente, quem está liderando, inclusive no sentido de apontando a direção para onde o movimento está indo, são jovens, eles se importam muito com esse assunto", disse, em entrevista à Lusa, Danilo Moura, durante a Web Summit que decorre na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

"É um tema que mobiliza os jovens, e com razão", até porque a crise climática está "estreitando as possibilidade de vida desses jovens e adolescentes".

A título de exemplo o responsável da UNICEF refere os jovens indígenas que "têm estilos de vida que não vão conseguir mais ter".

Danilo Moura esteve presente na Web Summit, juntamente com dois jovens ativistas da UNICEF, uma do estado nordestino de Pernambuco e outro do Rio de Janeiro para falar precisamente sobre a mobilização de jovens contra as alterações climáticas através de uma estratégia de a mobilização através das redes sociais e online.

"As ferramentas de tecnologias podem ser usadas como uma ferramenta para a mobilização no mundo real", disse, referindo-se à iniciativa 'Entre no Clima', "uma iniciativa de mobilização de jovens que começam online, mas que se traduz em ação nos territórios", detalhou.

"Jovens que vivem em pequenos municípios da Amazónia e do Nordeste brasileiro e que se mobilizam localmente para alterar, para lidar com a questão ambiental que afeta o dia-a-dia", nas suas comunidades, explicou o responsável brasileiro.

Questionado sobre os esforços do Governo brasileiro chefiado por Lula da Silva, Danilo Moura disse ter sido essencial o compromisso de desflorestação ilegal zero até 2030.

"Mas não é suficiente porque o Brasil tem também emissões noutros setores" como no petróleo, transporte, ordenamento das cidades, entre outros.

"Agente precisa parar de emitir gases de efeito estufa até 2050", sendo que o país está atrasado nessa ambição, disse.

Por fim, o responsável da UNICEF Brasil frisou que a preservação da Amazónia é fundamental para o sucesso da agenda climática mundial.

"Não existe clima estável no planeta que não inclua a preservação da Amazónia", sublinhou.