Passageiros de cruzeiros oriundos de países terceiros vão estar sujeitos a controlo de fronteiras
Obrigatoriedade gera preocupação quando implicar milhares de passageiros em escalas curtas
A partir de Setembro os passageiros dos navios de cruzeiros oriundos de países terceiros que entrem na Europa (espaço Schengen) ficam obrigados a ter de passar pelo controlo de fronteiras no primeiro porto que venham a desembarcar.
A medida está a preocupar o Comité Europeu da FONASBA - Associação da Comunidade Europeia de Corretores e Agentes de Navios –, e é um dos ‘assuntos quentes’ discutidos no Seminário Anual da European Community Association of Ship Brokers and Agents (ECASBA), a decorrer na Gare Marítima do Funchal.
Como os navios de cruzeiros transportam milhares de passageiros e fazem escalas curtas nos portos, importa garantir rapidez no processo de controlo de fronteiras, defende António Belmar da Costa, Vice -presidente para a Europa da FONASBA.
O influente dirigente português considera os novos controlos nas fronteiras a viajantes de países terceiros a questão que mais preocupa a comunidade no sector dos cruzeiros.
“A obrigatoriedade, a partir de Setembro, de todos os passageiros de países terceiros de estarem obrigados a fazer controlo na Europa no primeiro porto, como é muita gente a chegar ao mesmo tempo e as escalas demoram pouco tempo, precisam de ver rapidamente a sua passagem no porto resolvida”, explica.
Belmar da Costa está confiante que será possível garantir condições que minimizem constrangimentos e garantam todo o fluxo de passageiros, mas para isso considera inevitável investir em “pessoal e material para poder fazer rapidamente todo esse controlo”.
Os corretores e agentes de navios cuidam “de tudo o que está relacionado com os agentes de navegação (representantes dos armadores nos portos)”, razão para o encontro anual que serve para defender a posição relevante destes parceiros e “assegurar que navios, cargas e passageiros aportam nos portos e têm um tratamento como deve ser”, explicou.