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Madeira em Primeiro

Continuo a defender um PSD-M renascido, com uma forma nova de fazer política, da base para o topo e não do topo para a base. É vital ouvir todos para depois decidir o melhor para todos

Estamos prestes a entrar num novo ciclo político e a Região não pode parar. Estou certo que a 26 de Maio o eleitorado que sempre foi sabedor ao tomar as suas opções continuará ainda mais sábio depositando a sua confiança no PSD. Existirão outros caminhos? Certamente que sim, mas estão longe de serem capazes de abraçar o que nos chega pela frente a toda a velocidade e de forma arrepiante.

Sou dos que comunga que o legado social-democrata é inalcançável e que esta não é hora para experiencialismos ou extremismos de uma esquerda obsoleta e incapaz ou de uma extrema-direita quase endeusada. Mas também não pode nem deve ser tempo de amadorismo nem de provincialismos à vista do mais simples e comum cidadão.

Esta não é a hora de vacilar, de se deixar amedrontar ou se agachar perante o centralismo sedento por nos amordaçar. O momento é particularmente exigente e forçar-nos-á a que tenhamos de agir sob pena de mais tarde lamentarmos por opções erradas obrigando a cada um de nós a um esforço redobrado e a um espírito de missão ainda mais hercúleo do que tudo já fizemos nestes quase 50 anos de Autonomia.

Saibamos por isso responder e a ouvir o que nos dizem os madeirenses. Insisto: não tenhamos temor em ouvir. É imperioso saber escutar. Estar próximo de quem nos é próximo; De quem sempre confiou em nós. Não devemos descapitalizar o património que fez de nós aquilo que soubemos transpor para cada freguesia ou para cada concelho.

É por isso que o momento pede unidade e que pede também acção colectiva para impulsionar o nosso caminho em direcção ao desenvolvimento onde a cada minuto e a cada virar de esquina emergem desafios. Saibamos dar respostas adequadas e juntos enfrentando as adversidades.

Devemos cultivar uma mentalidade assente em novas soluções para desafios emergentes. Devemos investir na educação, na saúde e criar as bases sólidas sobre as quais nosso futuro será construído firmes e superando-nos com coragem que nos caracteriza.

Não mudei de ideias nem de convicções e discordo com o que muito se passou nos últimos tempos, mas esta é a hora de ser pragmático, realista, para que mais tarde não tenhamos de ser acusados de piorar aquilo que já de si é terrível.

Continuo a defender um PSD-M renascido, com uma forma nova de fazer política, da base para o topo e não do topo para a base. É vital ouvir todos para depois decidir o melhor para todos.

A seu tempo todo o resto será resolvido a bem da Madeira e do PSD-M, e deixemos à justiça o que é da justiça.

Não dou cartas nem votos em branco. Serei um cidadão atento, activo e crítico na defesa do meu partido e da Madeira e da terra que me viu nascer. Estou pronto para ajudar mas não contem comigo para soluções secundárias ou vindas de um interior do baú onde só lá moram recordações fantasmagóricas. Com esses, não, mas também sei que mandar calar um fantasma só o faz crescer.

É verdade: “Sou apenas um, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa”. Pense nisto.