SESARAM já pagou de mais de 250 mil euros pelo transporte de doentes não urgentes em 2023
Serviço Regional de Saúde responde, assim, às acusações do JPP em relação a pagamentos em atraso aos taxistas
"Este ano, o Serviço de Saúde da RAM já assegurou o pagamento de 267 133,60 euros, referentes a serviços prestados em 2023", revelou uma nota do gabinete de comunicação do SESARAM remetida esta tarde às redacções.
É desta forma que o Serviço Regional de Saúde responde às acusações da vice-presidente do grupo parlamentar do JPP, que alertou hoje o SESARAM para a necessidade de regularização dos pagamentos em atraso, relativos ao transporte de doentes não urgentes aos taxistas. Segundo Patrícia Spínola, os prestadores abrangidos veem-se prejudicados com atrasos que chegam a um ano.
Perante as declarações do partido, o Serviço de Saúde considerou necessário emitir um esclarecimento público.
"O Serviço Regional de Saúde, assegurou em 2023, um total de 205.888 transportes de doentes não urgentes, uma média diária de 564 transportes com recurso às suas viaturas e via prestadores externos", indica o mesmo comunicado.
O SESARAM ressalva também que "os transportes de doentes não urgentes em ambulância e em táxis são completamente distintos".
"O serviço assegurado pelos prestadores externos é dirigido a doentes não urgentes com mobilidade e que se deslocam sentados na viatura. Já o transporte em ambulância é reservado aos doentes com mobilidade reduzida ou sem mobilidade que se deslocam em maca ou em cadeiras de rodas", clarifica.
A mesma nota dá conta que "das 15 ambulâncias de transporte de doentes não urgentes, 11 estão operacionais e quatro estão a ser alvo de revisão e intervenção".
"Face aos quilómetros que estas viaturas percorrem diariamente é natural apresentarem desgaste e precisarem de ser alvo de reparação/manutenção", sustenta o SESARAM, acrescentando que, "não obstante, todos os serviços de transportes estão a ser assegurados".
O SESARAM refere ainda que "contrariamente ao que o partido político afirma, o recurso via prestadores externos para a realização de transporte de doentes não urgentes melhora a resposta às necessidades dos utentes e optimiza a gestão dos recursos, com custos mais favoráveis para o serviço público de Saúde".
"Uma vez mais o JPP, revela desconhecer por completo a atividade de transporte de doentes não urgentes e do funcionamento da área da Saúde na Região Autónoma da Madeira", conclui.