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Autoridades russas instam população a deixar casas antes das inundações nos Urais

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Foto EPA

O enviado presidencial na região russa dos Urais, Vladimir Yakushev, apelou sexta-feira à população de Kurgan para deixar a zona antes que as inundações registadas nos últimos dias inundem as suas casas.

Yakushev insistiu na necessidade da população seguir os alertas emitidos pelas autoridades locais.

"Precisamos de estar atentos às notificações que vão chegando. O principal é não estar em casa e não esperar que inundem, temos que sair delas a tempo", frisou, citado pela agência Europa Press.

O líder russo indicou, durante uma reunião com as autoridades locais, que o Presidente Vladimir Putin ordenou que fosse garantida a segurança das pessoas e dos bens materiais na zona, localizada no sul da Rússia, perto da fronteira com o Cazaquistão, segundo a agência TASS.

As fortes inundações registadas nos últimos dias no sudoeste da Rússia e no norte do Cazaquistão colocam em perigo a vida de milhares de pessoas.

Já foi ordenada a retirada de cerca de 100 mil residentes em território russo devido ao que já se tornou nas piores inundações em mais de seis décadas.

O rápido degelo fez com que vários grandes rios que atravessam Kurgan e Tyumen transbordassem, enquanto várias cidades nos Montes Urais, na Sibéria e em áreas do Cazaquistão perto dos rios Ural e Tobol sofreram danos, segundo as autoridades locais.

O rio Ural, com mais de 2.400 quilómetros de comprimento, corre da secção sul dos Montes Urais para a extremidade norte do mar Cáspio, através da Rússia e do Cazaquistão.

No Cazaquistão, segundo indicou quarta-feira o Ministério das Situações de Emergência local, "foram socorridas 96.472 pessoas" desde o início das cheias, que afetaram sobretudo as regiões no oeste e norte do enorme país da Ásia Central.

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