CDU quer combater as injustiças e as desigualdades sociais
O cabeça de lista da CDU às eleições antecipadas de 26 de maio na Madeira, Edgar Silva, disse hoje que o objetivo da candidatura é combater as injustiças e as desigualdades sociais, que considera terem crescido na região autónoma.
"Nós [região autónoma] somos em todo o país a zona onde as desigualdades sociais e as grandes injustiças mais têm aumentado, onde elas são mais graves, e a CDU é, nesta candidatura, quem se apresenta como a força de combate à exploração, às injustiças sociais", afirmou.
Edgar Silva, também coordenador da CDU na Madeira, falava aos jornalistas após a entrega da lista de candidatos às eleições antecipadas -- 47 efetivos e 47 suplentes -- no Tribunal Judicial da Comarca da Madeira, no Funchal.
Os cinco primeiros lugares são ocupados ainda pelo deputado regional Ricardo Lume, Maria José Afonseca (dirigente da União de Sindicatos da Madeira), Herlanda Amado (deputada na Assembleia Municipal do Funchal) e Duarte Martins.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento da Madeira e convocou eleições antecipadas para 26 de maio na sequência da crise política motivada pelo processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago.
O Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, está em gestão desde o início de fevereiro. O presidente do executivo, o social-democrata Miguel Albuquerque, pediu a demissão do cargo depois de ser constituído arguido no âmbito naquele processo e de o PAN lhe ter retirado a confiança política.
"O nosso objetivo é nos apresentarmos a esta batalha eleitoral com o compromisso do combate às injustiças", disse Edgar Silva, alertando para o crescimento das injustiças sociais.
"As grandes desigualdades não param de se agravar na Madeira. Basta de injustiças sociais. É esse grito, é esse compromisso que nos move e que há de nortear também esta nossa candidatura e esta campanha", salientou.
A mandatária da candidatura da CDU, Sílvia Vasconcelos, reforçou a posição do cabeça de lista, sublinhando que Madeira precisa de uma "política diferente" e de um "novo embalo social e político".
"Há 48 anos que estamos sob condições que não têm beneficiado a população, servem-se uns poucos a si próprios, no entanto, a pobreza ainda é uma realidade lamentável na nossa região", declarou.
Nas eleições legislativas regionais de 24 de setembro de 2023, a CDU, coligação formada pelo PCP e pelo PEV, obteve 3.677 votos (2,72 %) e elegeu um deputado, num total de 47 que compõem o parlamento madeirense.