Sindicato afirma que se intensifica a precariedade laboral no comércio 'tradicional'
O CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritório e Serviços de Portugal afiança que existe um aumento da precariedade laboral junto dos trabalhadores do denominado comércio 'tradicional'. As declarações deste sindicato contrariam aquelas que foram proferidas pelo SITAM (Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio e Serviços da Madeira), através do presidente Ivo Silva, publicadas na edição impressa de 7 de Abril. Na ocasião, esse dirigente sindical falava em estabilidade laboral neste sector.
Numa nota enviada ao DIÁRIO, a dirigente sindical Maria José Afonseca indica que a precariedade laboral neste sector faz-se acompanhar de baixos salários, contratos a prazo, atropelados aos direitos da parentalidade, nos direitos do trabalhador estudante, assim como de ilegalidades nos horários de trabalho e no direito do gozo de férias.
Este sindicato refere ainda que há trabalhadores que recebem "o salário «às migalhas», originando muitas dificuldades para os trabalhadores e suas famílias". Maria José Afonseca denuncia ainda despedimentos que são "camuflados de mútuo acordo". A pandemia de covid-19 veio intensificar alguns dos problemas e "vários trabalhadores, na maioria mulheres, ficaram sem posto de trabalho, motivados por despedimentos ilegais, sendo que em alguns casos a «loja encerrou» sem qualquer aviso".
Por outro lado, o CESP critica o novo regime de diuturnidades, instaurado num Contrato Colectivo de Trabalho negociado pelo 'SICOS' que, segundo o CESP, "se desconhece qualquer representação sindical na Região". O CESP demonstrou "firme oposição" ao mesmo, mas este aplica-se por força de uma Portaria de Extensão. O este sindicato clarifica que tal CCT não se aplica aos associados do CESP.
O CESP afirma ter apresentado à ACIF uma proposta de novo CCT, que a associação recusou negociar. Esse documento mantinha direitos dos trabalhadores e valorizava salários.
"Face a este panorama, é necessária muita luta para reverter esta situação de instabilidade laboral neste sector", termina o sindicato, prometendo continuar na luta.